Um sonho não realizado!

Em sua cadeira balanço, repousava na sombra da mangueira centenária. Com seu corpo já cansado pelos janeiros, olhando para céu, observava as poucas nuvens moverem formando esculturas variadas. Relembra seus dias de mocidade, onde planejava constituir uma família numerosa, mas o destino escreveu outra história. Casado sua esposa teve um guri, e parou por ai mesmo, quem sabe por ter sofrido muito no parto, e o bebe até lagar do peito, chorou dia e noite sem parar. Da sua cadeira, também avistava os verdejantes pasto de sua fazenda, mas pensava para quem vou deixar tudo isso, meu filho apesar da idade não quer casar, e não gosta da vida do campo, tomou outro rumo. Com as lagrimas escorrendo na face, se pega á imaginar enfrentando todas as dificuldades do sertão, sua corangem de desmatar, e plantar as mudas de café, economizar o máximo, para no final do ano comprar mais um pedacinho de terra, na esperança de um dia ver seu filho, prosseguir a caminhada com melhores condições. É despertado por uma voz conhecia á mais de meio século, sua velha companheira chamando para merendar.

Jova
Enviado por Jova em 15/01/2013
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