Companheiros de jornada (Crônica do caminho)

É louvável defender o que se acredita, mas é intransigência pensar que tudo o mais que se faz está sendo feito de forma erronia. Sabedoria não é alardear para que outros sigam um caminho, mas apenas seguir o caminho que te sustenta o sorriso e o ânimo. E nessa tua andança um e outro se achegarão. Isso se chama afinidade. Estreita esse teu irmão, e tantos quanto se aproximarem, junto ao peito. Pegue-os pela mão e caminhem juntos. Mas não force o passo dos demais. Se teu passo é firme e o outro tem o passo vacilante, não te apoquente, não te impaciente. Se preciso for caminhe no ritmo do teu amigo. Ele perceberá que não desistes e para ele será um estímulo para também seguir contigo. Mas se olhares para o mesmo de forma a reprochá-lo, censurando sua lerdice, perderá teu companheiro.

O anjo pegou na mão do seu irmão. Diminuiu seu passo, pois alípede era, como se tivesse asas nos pés, quão lépido caminhava, para acompanhar seu amigo. Suas asas se recolheram, ensimesmando-se em seu corpo o qual voluntariamente, deixara de brilhar, para não ofuscar os olhos do companheiro.

O outro o olhou, com confiança e lhe disse, com a voz embargada pela emoção:

- Que bom que te encontrei, meu amigo! Que bom que encontrei alguém igual a mim, para seguirmos nessa estrada.

Em: http://valdecirdeoliveiraanselmo.blogspot.com.br

Valdecir de Oliveira Anselmo
Enviado por Valdecir de Oliveira Anselmo em 15/01/2013
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