REDUÇAO DE IMPOSTO PARA O MATERIAL ESCOLAR
Comentários no link http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2013/01/a-desoneracao-do-material-escolar.html
Parece que a Educação de qualidade deixou, desde as primeiras séries de estudo, de ser uma prioridade nacional e o fechamento de cursos superiores pelo Governo não é culpa das faculdades, mas dos péssimos alunos que ingressam nelas, via “cotas” e outros processos que facilitam o ingresso do aluno. O Governo Federal quer quantidade, mas esquece da qualidade!
Com os pesados impostos que incidem em todos os produtos, sem que haja uma “formula” ou um “agrado” para que no mês de janeiro haja uma “desoneração educativa-financeira” pelo menos, a educação brasileira está indo de mal a pior, com analfabetos funcionais recebendo diplomas de nível superior sem saber escrever o mínimo da língua portuguesa, como também alunos que são “empurrados” rumo à aprovação escandalosa sem conseguir realizar um ditado ou uma cópia sem erros mínimos de gramática.
Bons tempos, quando se estudava nos livros didáticos “Caminho Suave”, e se tinha disciplinas de matemática e sabatinas uma vez por semana, com o uso de palmatória pesada, desde o curso primário!
Que eu saiba todos os meus colegas de ensino primário nenhum ficou traumatizado e todos se deram bem na vida, mesmo “apanhando”, porque era uma forma de educá-los!
Uma vez, já como jornalista entrevistou um dos maiores juízes de menores do Brasil, Alírio Cavalieri, na década de 80 e, ao perguntar-lhe se ele era a favor ou contra a palmada das mães nos filhos, como uma forma de educá-los, ele me respondeu:
- Se for uma palmada no bumbum, como forma de educar, eu sou a favor. Mas se for um espancamento, eu sou contra.
Essa entrevista foi realizada quando eu me acompanhava do advogado José de Paiva Filho, o “Paivinha”, ex-Presidente da OAB/AM, aliás um dos melhores presidentes da OAB que conheci, responsável pela conclusão da atual sede da Ordem na Avenida Umberto Calderaro Filho, em meio a uma área de chavascal e muitos pés de buritis.
Eu “bati um papo” no famoso Mandy’s Bar, que funcionava no térreo do também famoso e cartão postal na época, Hotel Amazonas, sem ter papel, sem ter caneta ou gravador para anotar ou gravar nada. Guardei tudo de memória, que era prodigiosa. O juiz não dava entrevistas à jornalistas e desconhecia que eu o estava entrevistando.
Depois que leu a matéria, mandou-me um agradecimento, dizendo que tudo o que ele havia falado estava contido na matéria. Causou-me emoção receber um elogio dele, através do Dr. Paiva Filho, porque era muito difícil o processo de comunicação naquela época.
Pois bem, como eu ia dizendo, a Educação virou um grande comércio, a qualidade do ensino piorou muito, apesar das quotas, do aumento no número de diplomados, enfim, mas são, em uma grande maioria, diplomados em nível superior como meros analfabetos funcionais que não conseguem redigir quase nada sem cometer erros gramaticais mínimos e, pior, o setor educacional não recebe qualquer incentivo do Governo, sobretudo com a desoneração dos tributos sobre todos os materiais escolares, como sempre faz com os setores de automóveis e produtos da linha branca, entre outros, pois é no início de cada ano letivo que cresce muito a procura.
Com tudo isso e pela falta de desoneração no setor, concluo que a Educação deixou de ser uma prioridade nacional porque quanto mais analfabeto for o eleitor, mais fácil será o domínio sobre todos, através do oferecimento de bolsas, quotas e outros meios que lhes “empurrem” para dentro das uma faculdade, muitas com péssimas estruturas e qualidades duvidáveis, além de outros benefícios governamentais, que têm como único propósito “comprar” e pagar bem a ignorância dos votantes, apenas! Lamentável que seja assim, mas é a mais pura realidade!