Continuação do Fim

Sentada no sofá, respira de forma acelerada. Já reconhece as reações físicas em resposta aos debates da mente. No entanto, desconhece o que a aflige.

Olha para seu animal de estimação e se questiona como consegue dormir tão tranquilo. Não sente ele uma angústia ao andar pela casa sem objetivo?

No momento, relaxar não é uma atividade atraente. Ficar consigo mesma lhe revira o estômago, puxa o choro.

Por que mesmo? Não sabe mais.

E a inquietude volta a tomar forma. O corpo estremece, a fome desaparece.

Não deseja nada, nem ninguém. Nem a praia, nem a cama.

Talvez os amigos.

Teria mesmo deixado de amá-lo ou o medo cega-a para o amor?

Por mais uma noite, tenta se distrair até que a exaustão a alcance e o sono lhe tire novamente a responsabilidade da decisão.

Lina Cohen
Enviado por Lina Cohen em 12/01/2013
Reeditado em 15/01/2013
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