Continuação do Fim
Sentada no sofá, respira de forma acelerada. Já reconhece as reações físicas em resposta aos debates da mente. No entanto, desconhece o que a aflige.
Olha para seu animal de estimação e se questiona como consegue dormir tão tranquilo. Não sente ele uma angústia ao andar pela casa sem objetivo?
No momento, relaxar não é uma atividade atraente. Ficar consigo mesma lhe revira o estômago, puxa o choro.
Por que mesmo? Não sabe mais.
E a inquietude volta a tomar forma. O corpo estremece, a fome desaparece.
Não deseja nada, nem ninguém. Nem a praia, nem a cama.
Talvez os amigos.
Teria mesmo deixado de amá-lo ou o medo cega-a para o amor?
Por mais uma noite, tenta se distrair até que a exaustão a alcance e o sono lhe tire novamente a responsabilidade da decisão.