A CIÊNCIA DE DEUS

CRÔNICA:

De manhã cedo, bebo o leite branquinho que sacia a fome e também a sede do corpo. Olho para aquele líquido branco dentro da xícara e me perco em pensamentos de ternura ao lembrar da ciência divina, que previu a nossa fome e saciou-a com tanto amor e carinho. (O leite branco lembra a via-láctea, que sacia a sede de espiritualidade, ao mesmo tempo que se apresenta como um espetáculo para os olhos do corpo e da mente. A via-láctea, lembra novamente do leite, que, desde o nascimento, sacia a fome das crianças, fazendo-as crescer com saúde e vitalidade).

O líquido também em forma de água, nos diz que a ciência de Deus é mais poderosa que a nossa humana mente, que tenta desvendar tudo através de fórmulas científicas que os simples de alma não compreendem. Mas, os poetas e os sensíveis de alma, sabem ler a vida em toda a sua sagrada e definitiva beleza e utilidade.

No café da manhã, saboreio a fruta madura, que traz vida para o organismo, e lembro, mais uma vez, da previdência do Criador para com os Seres Humanos. Sentimos fome, temos a abundância que a natureza apresenta, em forma de apetitosos frutos, que só se perdem porque ainda não aprendemos a repartir e a utilizar a mesa Natura. Sentimos sede,a água se oferece na sua (ainda) límpida essência, para renovar as forças vitais.

Se não precisamos mais do leite branco (nem da via-láctea das almas sonhadoras) porque crescemos, há uma providência na forma dos mais variados sabores, dos mais variados tipos de líquidos, cuja matriz primeira é a mãe Natura.

A ciência de Deus, para as almas mais simples, criou um Homem com inúmeras necessidades, mas sempre ofereceu soluções, através das transformações que o próprio Homem é capaz de realizar no berço da Natura.

E o Homem, não é feliz!

E faz da guerra, a sua ciência maldita, que ajuda a enriquecer alguns poucos seres que usurpam o lugar do Criador, para semear a morte onde Ele plantou a Vida e a Inteligência.

Observo o leite branquinho, que vai trazer energia para os combates do dia, lembro dos bebês, que necessitam deste líquido para tornarem-se fortes e sadios, lembro do Senhor da Vida e da Sua Ciência maravilhosa em relação ao Homem e às suas necessidades vitais. Lá longe, a ciência humana continua matando seres inocentes, em nome de uma "glória" que leva o ser humano ao mesmo nível das bestas malditas e dos bárbaros ignorantes da Idade Média, que só sabiam conquistar a vida através da crueldade e da animalidade.

Bebo devagar e com gosto, o líquido branco da Natura. Penso na ciência de Deus e a comparo com a ciência insana do Homem. Sinto amor e ternura pelos cuidados do Criador, e sinto dor e amargura pelas desavenças que ainda mostram um Homem pobre e ignorante das principais Leis divinas de sobrevivência neste planeta tão amorosamente arquitetado para os Seres Humanos todos. Deus, - ou como quer que O chamem - deu-nos todas as provas necessárias de que nos ama verdadeiramente como Pai, e quer a nossa Felicidade neste Planeta. Com todo esse carinho da vida, com todas as providências tomadas anteriormente ao nosso nascimento, choro, porque o Homem não sabe ser feliz, e não sabe usufruir com agradecimento esta DÁDIVA chamada Natura.

No Oriente, o leite é bebido com o gosto do petróleo, que, de presente divino, virou mancha negra na alma humana, por causa da ganância de um sistema desumano, onde a vaidade de alguns poucos cobra milhares de vidas inocentes. Aqui, no Ocidente, já estão preparando outra guerra, para ver quem será o dono da água pura que ainda existe neste Planeta.

Sabemos que a ciência humana não tem limites, quando visa a destruição. Mas sabemos, principalmente, que o Homem nasceu para ser simples, sonhador, pacífico e para ler sempre, com muito carinho, a Ciência do Criador.

Saleti Hartmann

Professora e Poetisa

Cândido Godói-RS

saletihartmann@gmail.com

SALETI HARTMANN
Enviado por SALETI HARTMANN em 12/01/2013
Código do texto: T4080167
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.