Mas que belos pára-choques

Mas que belos pára-choques.

Esta expressão deu-me o mote para imaginar como certos termos são aplicados, numa espécie de calão inerentes às diversas profissões.

O tema é descrever uma jovem mulher.

«O Mecânico»

Aquilo é que é uma máquina em primeira mão – comigo ia dos zero aos cem mais rápido que um fórmula um.

Reparem na cabeça com uma perfeição de fazer inveja ao maior estilista automóvel. Os cabelos lembram as linhas perfeitas de um maserati, os olhos grandes e rasgados, são faróis de uma intensidade que nos cegam ainda antes de se ligar os máximos, sempre que nos cruzamos com eles.

Os Lábios doces e carnudos, sussurram-nos como a alta-fidelidade que nos embala com melodias doces e suaves, em viagens sem fim.

Os braços são erbegues que nos abraçam, ó nos complicam a vida em acidentes de percurso.

O peito, tal quais dois pára-choques cromados, realçam a beleza de qualquer viatura e o desejo de posse, sendo por norma os primeiros a sofrer com o impacto duma aproximação, ainda que os utilizemos como forma de buzinas comprimidas, perante um choque iminente.

As ancas maneando-se, realçam o esplêndido chassis e as suas esbeltas longarinas, inclinando-se ora para a esquerda, ora para direita, fazendo sonhar qualquer mortal em viajar em tal veículo.

Como máquina nova a sua manutenção é simples. Evitar os toques de terceiros, como máquina moderna já traz a rodagem feita, pelo que pode rodar sem preocupação, tendo no entanto o cuidado de mudar o óleo amiudadamente para não gripar.

António Correia

Lorde
Enviado por Lorde em 11/01/2013
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