Saudade grande

Todas as manhãs me acordava com um “bom dia” cheio de amor. Isso fazia o meu dia mais feliz.

Na hora do almoço, assim que saía do trabalho, a primeira coisa que fazia era ligar pra mim. Falávamos doçuras um para o outro, renovando em nós o desejo do encontro. Isso fazia meu sorriso mais aberto.

À noite, tão logo arrumava seu material no escritório e fechava tudo, outra vez me ligava. Queria saber se eu estava bem e, nessa ligação, assim como em todas as outras, dizia que me amava, e que isso era uma certeza em seu coração. Isso me fazia segura.

Ainda à noite, um pouco mais tarde, antes de dormir, era certo ter em meus ouvidos a sua voz macia, gostosa, fazendo-me suspirar de tão apaixonada. Isso me fazia visitar o céu.

Hoje o que tenho é a esperança. A esperança de que esse sonho se torne algum dia a minha realidade. Isso me mantém viva.

Maria Celça
Enviado por Maria Celça em 09/01/2013
Reeditado em 14/08/2013
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