No Escuro #2

Deve ser um sinal dos deuses do ócio, o tédio aparecer no meio das férias; Seria normal e relativo se ele aparecesse logo no primeiro dia, na primeira hora, no primeiro minuto...(LIBERRRDAAAAAD.... que tédio tudissaqui): mas aí vem aquela máxima "Te reinventa, tem mais de mil coisas pra tomar tua atenção", pode até ser que elas estejam por aí esperando pra ser achadas e feitas com precisão e gentileza, mas ainda não é essa a onda que eu tenho que pegar. Talvez até seja mas o prego enguiça onde deveria estar o parafuso faltando (prego enguiça... pré-enguiça... preguiça...) Puta analogia etimológica desmiolada essa, mil perdões, mas deixa essa passar por que o tempo já não passa, e o tédio anda engolindo o que deveria cuspir.

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Noites que passaram, noites que me possuíram, noites que trazem os ritos de passagem. Os moinhos giram e tudo fica bem, não é? Tudo no seu lugar... Mas entre fins-de-noite que insistem em querer ficar pra mais um vento frio, o caos é o olho do furacão. As horas se arrastam pro derradeiro momento da reflexão ( um olho no olho, no espelho nosso de cada dia, nos revela...), mas o jogo pode ser jogado de outras maneiras, em outros lugares que se remontam nos pré-existentes (Não é segredo pra ninguém que o ciclo é o mesmo, tudo volta pro ponto de partida com nova roupagem), as coisas podem ser diferentes se vistas fora do lugar. Pode ser papo neo-yuppie-existencialista-melancólico-de-boteco, mas as vezes as visitas ao fundo do som do silêncio é o papo com a solidão. Não que seja ruim, é tudo fonte de conhecimento e apreciação, assim como o primeiro raio de luz da manhã pra renovar o Zen "ísmo" de qualquer pobre alma perdida na escuridão do pensamento.