A VIDA NÃO É FESTA...

Nas entrelinhas da existência abrem-se frestas de felicidade, que qualquer pessoa, mesmo ausente de mínimo preparo anímico e vivencial, sabe, apossa-se, domina, ser um valor absolutamente relativo.

A felicidade é um valor eventual, fugidio, episódico.

Por quê? Por ser a natureza forrada de impasses, surpresas, emoções díspares e imprevisíveis. O tempo é senhor de muitas vontades, o tempo entrecortado de suas factuais ocorrências, formais, visíveis, expressas, memoriais e imemoriais.

Há no cancioneiro popular uma dicção em letra irrespondível e prova lógica do que digo. Canta a música “ EU ERA FELIZ E NÃO SABIA...”. Nada mais agregador de logicidade. Um breve momento de avassalador tristeza mata e morre junto com grande espaço temporal de felicidades.

Conheci pessoa nesse site, Aureo Marins, exemplo de cidadania consciente, dedicado à família, com interlocuções trocadas ricas e profusas, e vejo após seu silêncio, que tinha partido...

Vejo mais, através de um recantista, que tinha perdido recentemente uma amada filha...A crueldade da vida, que não é só festa, mas dor, amargura e tristeza...

Para mim, esse grande amigo virtual, morreu de tristeza, foi um pouco depois de sua filha...

Aproveitemos o AGORA, tão proclamado hoje... A vida não é só festa, e um momento triste apaga toda a felicidade que tenhamos vivido.

Poucos têm consciência dessa verdade...

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/01/2013
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