Novos e semi novos

Entrei num Bazar Beneficente e vi muitos computadores nem muito antigos à venda com uma placa "em boas condições de uso". Achei a qualificação muito engraçada. O que é boa condição para um não o é para outros e isso dá o que refletir em matéria de consumismo da sociedade em que vivemos. Minha amiga diz que troca suas roupas a cada estação do ano, doando para esses mesmos bazares por estarem em perfeito estado. O que aconteceu com o velho conceito de se usar até rasgar ou até quebrar não sei, mas lembro de existir oficinas de consertos em vários pontos da cidade e hoje elas desapareceram. Até os consertadores de guarda-chuva não trabalham mais no ramo. Quando eu colo ou conserto alguma coisa quebrada por estimar o objeto ouço sempre alguém comentar "Que pobreza!" Esses dois extremos de modo de pensar ainda me chocam. Estou sem conseguir me enquadrar num ou noutro time. Vejo radicalismo nas duas partes. Vocês já se enquadraram ou estão em cima do muro como eu?

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Ana Toledo
Enviado por Ana Toledo em 08/01/2013
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