VIDA
Já fiz de tudo nessa vida, pensando bem, quase tudo; inclusive cheguei a perdoar pessoas imperdoáveis, contudo, não consegui esquecer o mal que me fizeram, mas estão perdoadas. Quanto a esquecer… bem, aí já é outra história; outros “quinhentos” como se dizia em tempos de antanho.
Meu Deus! Como já me decepcionei com pessoas que de tanta afinidade cheguei a considerá-las como irmãos. Devido ao “atrito” as enterrei no Cemitério dos Vivos, necrópole que administro na minha mente, onde enterro pessoas que não merecem nem um bom dia, nem um alô ou aceno. Também devo ter decepcionado muitas pessoas. Não sou santo, portanto, não sou infalível.
Já conheci tanta gente, algumas sempre vejo, outras esqueci e outras não vejo mais.
E quanto aos amores? Ah! Amei tantas vezes, também fui muito amado, assim eu creio, pois, quando se trata de mulheres nunca se tem certeza. Todavia, tenho certeza de que tive grandes amores a quem jurei amor eterno, que não sei como acabou. Esporadicamente ligava somente para ouvir a voz, não amainava a saudade, mas bastava naquele momento.
Amor é assim mesmo, uma coisa muito esquisita. Chega quando não se espera e parte do mesmo jeito. Às vezes parte sem se fazer notar, outras vezes para partir esbarra na gente e nos joga no chão.
Mas o importante é abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia; a vida é muito boa para ser tratada como algo insignificante.