ANUNCIAR A IGNORÂNCIA....

É comum hoje o discurso da ignorância. Ignorar não é pejorativo, é uma objetividade. Significa desconhecer. É um modo de estar em sociedade, ignorando, desconhecendo muito ou pouco do que motiva protagonizações de toda sorte, manifestações indevidas.

Tornou-se corriqueiro falar-se sobre o que não se conhece, ignora-se. A mentira sobre o que se faz ou se fez, autorias e lucubrações, é gigantescamente ampliada. Todos querem ser o que não são em todos os níveis. Por que essa corrida insana? Quem não sabe o que procura não sabe o que vai achar. Comunicação é soma, crescimento, nunca ignorar.

E fala-se com tranquilidade, serenamente, por vezes com tom professoral, desinformando.E muitos ironicamente são chamados de mestres, sem nada terem para ensinar, desensinam.

Um grande veículo que alimenta essa faceta indesejada é a internet.

Ontem vi renomado físico dissertando sobre a divisão da matéria e seus desdobramentos. Ouço com muita atenção. Mas o quê posso falar sobre isso? Somente rudimentos. Acompanho a divisão da matéria como interessado, curioso. Por quê? Confessou também o físico, e tem meu consenso em sua colocação. Se todas as respostas fossem obtidas perderíamos nossa grande chama, pensar.

Mas é preciso pensar adquirindo o conhecimento que se afasta do ignorar, e pior, disseminar desconhecimento, alocando pensamentos de terceiros, de maneira desaparelhada, em comentários e textos em geral, falando ou referindo doutrinas e teorias especializadas como se as conhecessem. Uma calamidade... Verdadeiras barbaridades.

Como dizia São Tiago em sua carta, “é preciso por freio na língua, pois até os cavalos são por ela parados”.

Embora a literatura religiosa tenha sido feita pelos homens, e destaque-se, tudo o que se conhece foi escrito por homens, muita sabedoria existe nesse espaço literário, de cunho religioso, que deflue dos chamados livros sagrados, sejam ou não sagrados.

“Quem é sábio procura aprender, mas os tolos estão satisfeitos com a sua própria ignorância. O sábio esconde a sua sabedoria, o tolo anuncia a sua ignorância.” Salomão.

Provérbio digno de um rei, e tão comum hoje sua abrangência.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 07/01/2013
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T4071937
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