Senta e puxa a cadeira... É inverno outra vez.

Nessas entradas de vida, que cada começo da noite me proporciona me vem a melancolia, não sei bem ao certo o por que, mas no começo ela parece agradável, me faz sentir-me humano cada vez mais, e no fim, não consigo escapar dela.

Sou jogado em universos de canções pop oitentistas românticas e melancólicas idealizando meu Tom Hansen egocentrista (veja 500 dias com ela, mas não para por aqui pra ir ver o filme!) sou escravo das poesias que escrevo esperando que alguma alma caridosa gentil e atraente se interesse e demonstre interesse por mim, conquista baseada em psicologia remota e fútil que ocorre na minha cabeça.

Triste fim de um sonhador que há menos de 6/7 meses achava que o mundo rodava em rotação de 3.000 rpm (um olhar 43 que não existe, mas ainda gela o coração) e que tudo estava resolvido, mas aí me deparei com algo que não tinha presenciado antes. Sobretudo a tudo, havia vida.

Relativamente, me apaixono com um farfalhar de asas pela idealização que o mundo me propõe. Odeio isso. Foi-se uma nesse meio tempo, mas que igualmente como veio, deve ir. Sei que não deveria estar me preocupando com tamanha coisa, mas parcialmente a isso, meu mundo completo depende dessa ação, minha base e meu alicerce. Ou talvez seja só uma ansiedade pra não encarar mais um inverno só.

E por falar nele... Inverno, a jogada do momento, o espelho que reflete passado pra inspirar o futuro, promissor paradoxo que não leva a nada, tanto quanto naufragar no deserto. A chuva ainda traz aquela sensação de nostalgia que quando criança parecia alegria. Memórias? Nenhuma. Mas aparentemente e sutilmente me fazem tão bem quanto uma boa xícara de chá em meio a madrugada de um inverno paradoxal presente. Aspecto nonsense-comum que gira com a melancolia desses fins-de-noite, que é ruim, mas é bom, mas é ruim, mas que é bom...