A DIFICIL ARTE DA CONVIVÊNCIA...
 
Desde os tempos mais remotos, que a convivência entre os seres humanos e animais não tem sido fácil. No reino animal, vemos todos os dias brigas homéricas entre os animais, seja para marcar território, seja por disputas de comida, por ciúmes do parceiro, ou até mesmo por rejeição.
Vemos filhos que são rejeitados pela mãe, que as vezes se recusa até de amamentá-lo, outros são ignorados pela família e tornam-se solitários, outros que dominam o bando e aqueles que são sempre dominados.

E, nos seres humanos, que são dotados de inteligência,capacidade de raciocínio, discernimento, dom de fala e de comunicação, seja falada, escrita, com gestos e sinais, o relacionamento deveria ser diferente, no entanto é ainda pior que nos animais.
A palavra relacionamento embute muita responsabilidade em todos os sentidos, seja ela de amizade, união amorosa, relação de trabalho e etc...
Desde que o mundo é mundo e que os seres humanos começaram a se relacionar uns com os outros, no sentido de união amorosa os problemas de relacionamento entre pessoas que decidem dividir o mesmo espaço, começaram.

Num casamento por exemplo, junta-se duas pessoas, criadas totalmente diferentes, com costumes diferentes, famílias diferentes, muitas vezes de religião diferente, status social, cultura diferente, enfim, pessoas que só tem em comum, a paixão, a atração e uma enorme vontade de estar junto o tempo todo, ao que chamamos de amor. E tem que dar certo. Pelo menos é o que todos esperam!
E assim, eles se unem, com festa, alegria e expectativas, mas quando vão viver de fato embaixo do mesmo teto, as diferenças aparecem com uma força descomunal e aí o que era amor, desejo, paixão, muitas vezes vai por água abaixo numa velocidade meteórica.
Porque, fora deixado para trás um simples detalhe, simples, mas primordial:
...A individualidade de cada um!

Assim, com o decorrer do tempo, na convivência do dia a dia, com os problemas que surgem, a vida passa não ser tão cor de rosa como fora imaginada e aí começa a surgir os primeiros conflitos e as diferenças se destacam, tornando a convivência muitas vezes insuportável.

Tudo começa a desmoronar num relacionamento amoroso ou até mesmo na amizade, quando tudo se torna demais...todos nascemos  livres,  e quando um começa a sufocar o outro a ruína é anunciada, porque todo ser humano nasceu livre e na esperança de ser feliz. E nesta busca pela tão sonhada felicidade, as vezes os tropeços são imensos e doloridos, porque a convivência exige trocas, exige reciprocidade, exige atenção e o ser humano é individualista, assim, cada dia mais a convivência vai ficando mais difícil em todos os sentidos.

Nas relações de trabalho é um querendo engolir o outro pra ficar no lugar dele, é cobra engolindo cobra.

Mas, o ser humano tem ainda muito o que aprender principalmente no relacionamento amoroso, onde tem que haver reciprocidade, respeito, carinho, responsabilidade  e uma enorme vontade que dê certo a união de ambos, porque não basta apenas um querer, um se doar, um ceder, porque conviver é interagir, é dialogar e se doar o tempo todo!
 
 06/01/2013

 
 
Neusa Staut
Enviado por Neusa Staut em 06/01/2013
Reeditado em 06/01/2013
Código do texto: T4069998
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