Estrada da vida
Tem dias que eu não tenho vontade de fazer nada, de dizer nada, de não respirar, não comer, não pensar em nada, parece que a culpa
de tudo que acontece é minha. Tem dias que são intermináveis, sem
sentido, que passamos por ele em vão e nada acrescentou em nossa
vida e em nossa alma.
Tem manhãs que passam rápido demais e outras manhãs parecem
que levam uma eternidade pra acontecer. Tem dias que me sinto só
e na verdade estou sozinha (literalmente), mas é uma solidão que
não é preenchida por pessoas, por amor, por palavras...
Temos tantos caminhos ao longo de nossa vida, sempre optamos
por um caminho: alguns com curvas fechadas demais, outros com re-
tas intermináveis; sempre encontraremos lombadas, pontes, semáfa-
ros; caminhos com muito declives e ruas sem saída; estradas em per-
feito estado de conservação, com pedágios caros; outras com para-
lelepípedos e também aprendemos muito nas estradas de puro chão,
pedra e poeira; muitas sinalizações e placas caídas e destruídas pe-
lo homem; o pior é quando a estrada acaba e temos que voltar; tam-
bém tem muitos retornos e trevos sem identificações.
Na estrada da vida encontramos tanta coisa, que servem para
o nosso crescimento, aprendizado e fortalecimento da nossa alma.