Sobre a desumanidade dos desumanos
Já falei sobre a desumanização do ser em um texto anterior e quero reforçar a minha observação. Não existem coisas tão difíceis de serem avaliadas como a desumanidade e a desumanização do ser. Primeiro por que não existem parâmetros que as expliquem, segundo que mesmo que consigamos explica-las é difícil de compreender as suas razões. Somos falhos nisso, nós humanos... Com sentimentos humanos e coisa e tal!
A desumanidade é a ação praticada contra outrem, com o poder aviltante de negar-lhe a humanidade que encerra em si: sentimentos, limitações e fraquezas. Ora, o ser humano carregado de sua humanidade caracteriza-se por isso mesmo, por ser assim e pronto! Quando outro alguém tenta nos impor condições diferentes há a negação dessa essência, pois fomos criados com a falha congênita do questionamento, da dúvida, do medo, do receio, do fracasso, do erro.
Já a desumanização acontece num presente contínuo. A pessoa vai perdendo a sua característica de enxergar o humano no outro e comete perversidades que ferem, agridem e desrespeitam a sua essência.
Existem muitos seres desumanos e desumanizadores no nosso dia-a-dia. Existem seres nos tratando como coisas prontas para serem usadas e descartadas quando não tiverem mais serventia. Para os seres desumanos e desumanizadores somos pedra no sapato que precisa ser eliminada com toda a humanidade que tem e que encerra em seu íntimo. A frieza desses seres é inimaginável. Difícil de ser medida. Difícil de ser avaliada até que ponto pode chegar.
Mas como ser humano nego ser subjugado por esses seres e conclamo a todos que não se deixem abalar. Pois não existe poder no mundo que garanta esse estado de coisa para sempre. Há uma justiça que sempre prevalece e mais cedo ou mais tarde haverá de ser cobrada.
Pobre daquele que perdeu a humanidade e cometeu desumanidades, pois haverão de ser cobrados por isso!