QUANDO O INESQUECÍVEL É RUIM.

Recentemente caí na besteira de ligar para um colega e antigo patrão que vive de manutenção em rede de computadores. O intuito foi lhe conseguir um belo de um contrato na atual empresa que trabalho. Enfim, não deu certo. Digo que caí na besteira justamente porque, de lá para cá, passou a me enviar sistematicamente algumas mensagens coletivas: de posições sexuais a versículos bíblicos.

Não é por nada, mas creio não ser comum acordar e já pensar:

- Poxa vida, estou louco para aprender uma nova posição! Será que meu amigo já enviou a mensagem do dia?

Que frustrante seria se nessa data o conteúdo fosse bíblico ou vice-versa. Em 31 de dezembro de 2013 recebi a última mensagem do ano, um comunicado que me deixou emputecido: “sei que neste ano fui chato demais enviando uma mensagem por dia, mas tenho uma boa notícia para 2014, vou enviar duas. Feliz ano novo”.

Apesar de sua chatice, teoricamente não a sua, mas a dele, quando um precisa do outro, tamo junto. Tenho aprendido a gostar das pessoas como elas são. Gosto mesmo é de mensagem exclusiva, ainda que má escrita.

Estava meio distraído quando, de repente, "pim pim":

“A rosa da profunda amizade não se colhe sem ferir a mão em muitos espinhos da contradição”.

Acabei de recebê-la. Faltou dizer de quem é a autoria. Contudo, mensagens e chatices a parte, passei a ter certeza de que realmente existem pessoas inesquecíveis.

Eder Tofanelli
Enviado por Eder Tofanelli em 04/01/2013
Reeditado em 26/11/2014
Código do texto: T4067182
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