Planeta Qualquer
Em um planeta qualquer havia homens, mulheres e homens-mulheres. Os homens andavam agachados para demonstrar o quanto eram homens. A sensualidade era demonstrada por quanto mais os ombros fossem balançados. Quando um homem fosse se casar com uma mulher, ele deveria beber sangue de galinha e dar oitenta pulos. Já a mulher deveria beber o mijo do seu futuro esposo e mijar o mijo bebido onde ele deu os oitenta pulos. Os ou as homens-mulheres viviam em um pasto comendo as patas dos bois que ali ficavam também. Mas todos eles viviam para achar um papel que tinha escrito algo que daria sentido às suas vidas, e que apenas nós aqui vamos saber: "Vós quereis o sentido para a vida, então aqui está o sentido: procurais o papel que está o sentido da vida."
A vontade de achar esse papel aumentou quando chegaram macacos vindos do quintal daqui de casa e estes fizeram filhos em todos do tal planeta qualquer, até nos homens, que é impossível terem filhos, mas tiveram.
Perto desse planeta havia um outro, e nesse ninguém procurava achar o sentido da vida, mas não procuravam porque o sentido da vida para eles era não procurar o sentido, e assim nenhum macaco poderia invadir seu mundo.