Morte Severina

Enquanto crianças, mulheres e homens, são afrontados como se fossem baratas de esgoto, o senhor presidente dos Estados Unidos, descansa em sua casa de campo como se nada estivesse acontecendo. Um ato de total escárnio contra os seres humanos que estão sendo massacrados por suas bombas.

Nas ruas de longínquas cidades, cidadãos de diversas crenças e nacionalidades, estão estarrecidos com a brutalidade dos ataques ao povo iraquiano. Tentam de todas as formas protestar contra essa guerra que está tomando conta dos noticiários em todo o mundo. Uma guerra que fará jorrar das refinarias um novo derivado da gasolina: o sangue.

Os motivos dessa alquimia são evidentes. Qualquer um de nós sabe que o petróleo hoje é crucial na vida de todas as pessoas. Para piorar esse quadro, a cada dia a economia americana está mais dependente desse precioso produto. E que ninguém se iluda, ainda seremos atacados e açoitados, sem dó nem piedade, quando o petróleo ficar escasso nas grandes nações do planeta, uma delas a Americana.

Afirmar que Saddam Hussein representou um perigo para a humanidade é apenas mais um pretexto para assaltar o seu povo, que há doze anos vive na miséria por conta de um embargo econômico. Seus exércitos já não são capazes de grandes voos, suas armas foram destruídas antes mesmo do início da guerra.

Hoje, quando liguei a televisão, pude ver um pai dizendo: “Senhor Presidente George W. Bush, você matou meu único filho”. Certamente Bush não ouviu esse lamento, nem vai dividir com esse pai tamanha dor. Nesse momento ele está mais preocupado com seus cães e o petróleo que está sendo queimado nos campos de batalha.

Alguma coisa lá nas entranhas de minha alma, está me dizendo que os americanos estão forjando o próprio veneno. Se isso for verdade a Estátua da Liberdade terá por longos anos a visão nefasta do vazio deixado pelas mortes das torres gêmeas do World Trade Center.

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 09/03/2007
Reeditado em 09/10/2017
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