Prazer, apenas louco prazer

Se a bebida que leva a embriaguez consome meu corpo nos instantes de cólera, me faz ter momentânea paz para abrir meu tolo coração, dito como duro para os muitos que conhecem, e extremamente macio para os que já o tomaram. A pureza da minha voz não agride mais ninguém, mas a malicia contida nos meu olhos de parecer tão bobo, faz arder os sentimentos alheios. Minha presença quase ser querer te atinge de modo súbito, te cala em tuas palavras tímidas ao ter que se defrontar com a leveza dos meus sorrisos de discórdia.

Dias sombrios não escondem a sombra de teu peito em chamas, assim, aliviam a minha necessidade em ver tua agustia correr solta em teus olhares perdidos no tempo. Meu prazer é baixo, vem contido nos teus momentos de ansiedade e agonia, a tua ânsia deixa uma onda de prazer beliscar as faces, o perfume das flores é tão doce quando teu peito sofre. As vezes parece maldade do meu ego em fúria, mas é apenas prazer, prazer louco que não posso conter, me conforta e te atinge, sem querer brota um sorriso de escárnio malicioso em minha face aparentemente infantil e pura, sinto o gosto da discórdia invadindo meu lábios, provo feliz, me aqueto.

Ágata Siqueira
Enviado por Ágata Siqueira em 02/01/2013
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