Somos Mulheres de Pré-conceitos Sim Senhor
Nós mulheres dificilmente nos apaixonamos por homens de verdade. Nossas paixões não são por seres de carne e osso com um bom perfume no pescoço, são avassaladoras volúpias por certos conceitos masculinos.
Nosso ritmo afetivo é guiado por algumas espécies, modelos ou conceitos, como queiramos, de homens. Algumas de nós, a maioria de nós, já foi arrebatada por aquele típico cafajeste infortúnio que ama você como se fosse a última mulher do mundo, mas que na realidade te tem apenas como o décimo sexto número da agenda telefônica, outras de nós possuem ou possuíram paixões secretas ou bem explanadas por certos professores, pois temos a ideia de que são modelos que jamais erram, ou qual mulher que nunca admitiu uma paixão por seu melhor amigo, pelo simples motivo de ele representar a chave dos seus medos mais íntimos, por serem a famosa “caixinha de segredos” feminina, existem aquelas que amam os ditos “bananas”, essas somos nós as controladoras do passo a passo alheio, adoramos o controle, a síntese de todas as ações pelo falso “por favor, amorzinho”, há outras ainda que são fascinadas pela fama, aquelas que divinizam os astros pop/roques por mais que sejam caracterizados apenas no estilo, pois buscam a loucura instantânea que eles podem acarretar, somos muitas as que se encantam pelos rapazes que comandam uma bela motocicleta com ares de anos 50, imitando um James Dean da vida, por que consideramos uma grande aventura, temos fantasias por empresários, que vestem belos ternos risca de giz, pelo motivo de gostarmos de segurança, porém, sempre seremos tentadas por aquele cara saudável e musculoso que sai da academia de ginastica, porque nele vemos juventude eterna, e por tocar no assunto, nós que adoramos os rapazes mais novos, não temos apenas a intenção de viver como se não houvesse amanhã, temos a necessidade tentar caçar o passado perdido, nós que procuramos os romancistas, os escritores ou apenas os bons leitores, temos fascínio pela cultura, e pelos contos de fadas que tanto nos contaram na infância e se desfizeram na adolescência.
Todas nós fêmeas (ir)racionais do século 21, não procuramos apenas um par, ou um pai para nossos filhos, muito menos um provedor financeiro, pois aprendemos a tomar a frente dos negócios, procuramos somente alguns conceitos que não se destruam com os anos, alguns detalhes que não se corroam pelas mágoas, alguns fetiches nada sexuais que alimentem nossa conquista. Queremos ser amadas não importa mais se por anos, décadas ou a eternidade, queremos ser amadas agora e já, louvadas pelos nossos ” seres conceituais”, que pareçam praticamente perfeitos. Nós mulheres não vivemos do feijão com arroz, e sim da pimenta que é derramada de vez em quando.