Prestígio

O prestígio é algo que todos nós queremos. Prestigio não pode se equiparar a querer a atenção de todos. A criança, com sua meninice espera de todos ao seu redor a atenção. Ela está chamando a atenção! Os adultos que veem nessa atitude apenas e tão somente um gesto quase de 'birra' esquecem de enxergar o carinho que está por trás disso. Tem um amor aí contido. Uma vontade de está perto das pessoas. Uma vontade de roçar seu cabelo no outro. Uma vontade de ganhar carinho, ganhar afeto, ganhar amor. A mão que passa nos cabelos da menininha, que a deixa mais bonita, para poder sair dos braços do papai e caminhar em direção ao pulo de suas brincadeiras, a faz se sentir melhor. Ela se sente acompanhada. Ela foi marcada pelo afeto do pai, que tão solenemente a fez se sentir mais bonita. Bonitinha.

As mulheres, que caminham em direção ao lugar de ser adulta, deveriam contornar e voltar. Deveriam parar de empinar o queixo, e fingir que não são crianças. Porque no fundo, a vontade de ser acariciado é uma vontade nossa. É uma vontade mais feminina do que masculina, porque as mulheres são mais dadas ao amor do que os homens. O brucutu, que se acha o máximo porque tem o peito estufado, não sabe que para conquistar a mulher precisa também ser carinhoso. Como hoje em dia, a moda é ser grosseiro, travestido isso de masculinidade, o que se tem no mercado é o peitoral estufado em forma de homem, mas que não passa de grosseria gratuita. Entre o másculo do peito estufado, e o menino fingindo ser homem, e que não consegue se impor, às vezes o brucutu sai na frente. Nem é interessante, o grosseiro, nem o mirrado.

Mulheres gostam de homens. Se ser mulher é difícil, ser homem também não é fácil. Não é se olhando no espelho que sabemos o que somos. É olhando nas mulheres. A mulher é a cliente do homem. O homem o proprietário, a mulher a clientela. Nela, se sabe, se a coisa tá certa. A mulher é o termômetro da humanidade. Primeiro porque quem gera é ela. E quem mantém também ela. Quando nasce quem a geriu foi ela. Depois que nasce, se ela não for boba – e parar com a imaturidade de querer ser sempre mãe – ela fará um bom negócio. Continuará sendo mulher. Preferencialmente, mulher interessante.

arrab xela
Enviado por arrab xela em 01/01/2013
Reeditado em 04/01/2013
Código do texto: T4063054
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