Pra não dizer que não falei das flores...’
Eu sempre falo que seguindo o conceito de se comemorar a passagem de ano, deveríamos então comemorar toda meia noite, afinal o amanhã é sempre um dia novo. Mas eu entendo a necessidade que temos de brindar o encerramento de grandes ciclos. E além do mais, essa crônica não tem a intenção de ser mais uma falando do fim do ano. Ela apenas almeja exercitar meus pensamentos com desejos de que não me falte inspiração pra escrever, esse ano. E de quebra que me sobre mais tempo pra isso. Mas vá lá, ver pessoas acreditando em coisas boas é mesmo bonito, e as vezes a gente precisa de uma data dessas pra que essa sensação de esperança invada nossa alma em algum momento. O mundo anda tão torto que ter “fé na vida, fé no homem, fé no que virá”, é um bom motivo pra brindar. O mais importante de tudo é a passagem que acontece dentro da gente, àquela que nos faz crescer e que acontece a cada minuto passado. Sem depender dos calendários. É essa que cria e recria os nossos próprios ciclos.
As mesmas rosas continuam no meu jardim, uma delas norteia os caminhos na minha própria pele e eu vou amar flores azuis pra sempre, mas a leveza que trago no coração é infinita. Pelo menos, enquanto durar! Que o tempo e a inspiração descubram várias outras formas de me alcançar.