BARISTA
Ele me acompanha de muito perto desde minha infância. Na casa de meus avós e tios, havia muitos pés desse grão delicioso.
Adorava, vê-los transformarem-se, de mirrados grãos verdes, em suculentos e cheirosos grãos vermelhos. Ah, como gostava de levar um grão maduro e saboroso à boca, e ficar mascando devagar, aprendi a fazer isso com meu tio Armando, o gosto é inesquecível ao meu paladar.
Lembro-me de ajudar a colher os grãos de café, e depois ver todo processo até o pó aparecer como num passe de mágica no coador de pano, na cozinha de minha avó.
Toda manhã, era com o perfume incomparável do café sendo coado, que eu, ainda sonolenta, arrumava coragem para deixar a cama quentinha, pois sabia que o líquido misturado ao leite, estava à minha espera.
Ontem, a nossa comemoração de final de ano, foi ao lado de meu filho, nora e amigos deles. E após as entradas, ceia, sobremesa, tudo regado a boa conversa, não fiquei surpresa, quando ninguém dispensou um café expresso.
No apartamento de meu filho, estávamos reunidos com pessoas de NY, e da Russia, mas todos foram unanimes em aceitar o cafézinho, como complemento final da refeição.
Nessa hora quem entrou em ação, foi meu filho, que por apreciar um bom café, há anos estuda a melhor maneira de preparar um.
Sua última aquisição foi uma máquina que só falta falar, mede até a temperatura em que o precioso líquido tem que ser tirado.
Um aparelho acoplado a engenhosa cafeteira, moe o grão, que fica guardado no freezer. Em minutos um delicioso café expresso com consistência e sabor ideal, foi-nos servido.
Penso que, hoje, meu filho pode ser chamado de barista, devido ao afinco com que se dispôs aprender a fazer um café perfeito.
A máquina de uma marca italiana é linda, o blend especial que foi usado para confeccionar os expressos de ontem, tinha um aroma delicioso, mas ainda assim, não superou em minhas lembranças, o perfume daqueles grãos de café colhido no quintal da casa de meus avós.
Ri em silêncio, enquanto degustava meu expresso, pensando como minha alma é fiel as lembranças especiais que guarda. O café coado no coador de pano, a água fervida no fogão à lenha, suplantaram o blend processado na sofisticada máquina de última geração. Vai explicar isso !
(foto clicada na hora em que o café era preparado)
Ele me acompanha de muito perto desde minha infância. Na casa de meus avós e tios, havia muitos pés desse grão delicioso.
Adorava, vê-los transformarem-se, de mirrados grãos verdes, em suculentos e cheirosos grãos vermelhos. Ah, como gostava de levar um grão maduro e saboroso à boca, e ficar mascando devagar, aprendi a fazer isso com meu tio Armando, o gosto é inesquecível ao meu paladar.
Lembro-me de ajudar a colher os grãos de café, e depois ver todo processo até o pó aparecer como num passe de mágica no coador de pano, na cozinha de minha avó.
Toda manhã, era com o perfume incomparável do café sendo coado, que eu, ainda sonolenta, arrumava coragem para deixar a cama quentinha, pois sabia que o líquido misturado ao leite, estava à minha espera.
Ontem, a nossa comemoração de final de ano, foi ao lado de meu filho, nora e amigos deles. E após as entradas, ceia, sobremesa, tudo regado a boa conversa, não fiquei surpresa, quando ninguém dispensou um café expresso.
No apartamento de meu filho, estávamos reunidos com pessoas de NY, e da Russia, mas todos foram unanimes em aceitar o cafézinho, como complemento final da refeição.
Nessa hora quem entrou em ação, foi meu filho, que por apreciar um bom café, há anos estuda a melhor maneira de preparar um.
Sua última aquisição foi uma máquina que só falta falar, mede até a temperatura em que o precioso líquido tem que ser tirado.
Um aparelho acoplado a engenhosa cafeteira, moe o grão, que fica guardado no freezer. Em minutos um delicioso café expresso com consistência e sabor ideal, foi-nos servido.
Penso que, hoje, meu filho pode ser chamado de barista, devido ao afinco com que se dispôs aprender a fazer um café perfeito.
A máquina de uma marca italiana é linda, o blend especial que foi usado para confeccionar os expressos de ontem, tinha um aroma delicioso, mas ainda assim, não superou em minhas lembranças, o perfume daqueles grãos de café colhido no quintal da casa de meus avós.
Ri em silêncio, enquanto degustava meu expresso, pensando como minha alma é fiel as lembranças especiais que guarda. O café coado no coador de pano, a água fervida no fogão à lenha, suplantaram o blend processado na sofisticada máquina de última geração. Vai explicar isso !
(foto clicada na hora em que o café era preparado)