O Fim do Mundo
Me perguntaram pela rua se acreditava, que o fim do mundo iria acontecer no dia 21 de dezembro de 2012.Pensando fiquei e como resposta, não tardei. Para mim o fim do mundo estar acontecendo todos os dias. Na verdade, não irá acabar esse mundo que a gente conhece, que a gente faz idéia, mas em minha teoria é aquele que a gente vive no dia a dia. Pois ver uma mãe com o seu filho no colo morrer enfermo com uma doença simples, por falta de atendimento, ou internar a sua esposa para dar a luz a uma nova esperança, e só saber, que daquele hospital, por descuido médico, ela e a criança, morrem...
E o que é pior, além dos responsáveis não serem punidos adequadamente, o Estado vem, através dos seus secretários, a público se desculpar e na semana seguinte ocorrer esse descuido com outras pessoas.
Fim do mundo sim, quando pessoas comuns estão esperando ônibus na parada e são duramente assaltadas por adolescentes de não mais que treze, quatorze e quinze anos.
Fim do mundo por que em outros lugares, não há água tratada, não se dá um norte a educação Brasileira, continua-se fazendo da escola uma máquina de fazer cidadãos do além, pessoas que só sabem dizer sim ao senhor sistema.
Fim do mundo por que a esperança se tornou o medo e a morte, nessa sociedade de homens se procura nos vícios argumentos de vida, como moda de esquina. Ninguém mais fala em amor, ninguém tem mais aquele gosto de abraçar as pessoas, de fazer amigos e de sonhar por coisas agradaveis. Anda-se pelas ruas num completo confinamento, com seus leptops ou seus celulares plugados nos ouvidos e diariamente se constrói pessoas desviadas de valores, quando um amigo de trabalho é punido por desovedecer ordens, por ato de corrupção muitos são os murmurios de reclamações... Oxalá outro entendimento, estar todo mundo cultuando a lei do se dar bem e os outros que se danem. Talvez, por isso, o que mais se ouve é falar em depressão, em assassinatos, em traição, em suicidio, em corrupção, em oportunistas, em músicas sem visão, em sociopatas, em coisas, em tatuagens, em modelagem de corpo, em drogas, em sexo e prazer sem razão.
Se olharmos bem no fundo, pode até ser que tudo isso enverede a uma transformação positiva, afinal após a chuva o mar fica sereno e o ser humano tem a capacidade de refletir e repensando as suas atitudes. É capaz com isso de fazer profundas mudanças positivas ou podem, a cada dia buscar um fim, que por hora, anda bem perto de cada um. O importante é não esquecer que o fim não é aquele, de destruição de tudo, mas aquele, que cada um, se não tomar de conta, se não buscar o verdadeiro sentido de sua existência, de suas simples atitudes, que estar entrelaçado com tudo que o cerca, com toda a certeza, de indignação, de falta de justiça, de tanto pagar imposto em vão, de tanto não ter respeitado os seus direitos haverá de ver e ser protagonista de um fim do mundo.
Por quanto, se não for pedir muito, aos homens de boa vontade para o ano vindouro façamos um pacto, dê de presente a si e a todos um pouco de sentimento. Ao invés de matar, de morrer... Dê amor, pratique a paz e faça muitas flores felizes; torne muitas, mais muitas pessoas, pessoas... Humanas.Pois que, se não for o fim, é o começo, é a hora de amar uns aos outros.