Amizades Inesquecíveis - Parte IV

Dia da consciência negra. Alguém chega perto de um grupo de pessoas que estava falando a respeito disso e começa a imitar um índio, é, um índio. Todo mundo começa a sorrir. Mas quem era a responsável por aquilo? Hélida Cristina, a bonita. Quem mais poderia ser?

Hélida era sempre assim: brincalhona, extrovertida, lesa, idiota, entre tantas outras coisas. Mas, claro, não posso me esquecer dos adjetivos “chata” e “estressada”, não era sempre, cabe ressaltar, só após provas ou trabalhos escolares. Ela representava o tipo de pessoa que eu mais admiro: aquele que não se importa em ser chamado de “criança” ou “abestalhado”, só se importa em ser feliz, sorrindo e trazendo alegria para as outras pessoas.

O engraçado é que, sempre que eu penso nessa garota, eu me lembro de outra, automaticamente, uma chata e amostrada: Fernanda. A imagem dos três sempre me vem em mente. A gente sorrindo, brincando, fazendo as atividades, discutindo sobre assuntos da mídia, comentando seriados. Coisas simples, mas que vão ficar guardadas na minha memória para sempre.

Talvez, muita coisa mude. Talvez, nossos caminhos rumem para destinos totalmente antagônicos. Mas, quem disse que a amizade vai acabar ou enfraquecer por causa disso?

Eu acho que o tempo não é um inimigo, a distância também não, mas as escolhas sim, elas podem ser um obstáculo, porque são as escolhas dos homens que mudam o mundo, que mexem com os sentimentos, que transformam algumas relações e que acabam com outras, entretanto, eu fiz a minha escolha e eu a escolhi, eu escolhi os meus amigos, escolhi perpetuar nossa amizade para sempre, não importa o que aconteça.

E se, por algum motivo, escolherem me dar as costas, não importa, a minha escolha continuará a mesma: eles.

(Amizades Inesquecíveis - Hélida Cristina - Parte IV)

Lianderson Ferreira
Enviado por Lianderson Ferreira em 30/12/2012
Reeditado em 09/01/2014
Código do texto: T4060028
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