Retro de 2012
Um ano que está prestes a terminar, e outro que está morto para começar. Entretanto, a única coisa que me vem á cabeça é o maldito calor que se faz sentir na cidade maravilhosa. Se há coisa que me deixa completamente desorientado é o calor, estou ao ponto de enlouquecer, minha cabeça está oxigenando de forma errada, meu corpo dói como se acabasse de levar uma surra do marido da empregada. Envio mensagens de celular no dia de Natal para todas as pessoas com quem me cruzei ao longo deste ano; recebo resposta de algumas, de outras nem um simples Bom Natal. Não que isso me perturbe, mas me deixa de certa forma nostálgico, afinal, essas pessoas me marcaram, me ajudaram, e no final, se afastaram.
Por que tantas palavras terminadas em “aram” caro leitor? Se tudo que eu preciso neste momento é das pessoas que me amaram. Sei que não foram muitas, e nisso eu tenho minha cota de responsabilidade. Porém, sinto que na maior parte dos casos fui julgado sem ter a mínima hipótese de me defender. Houve uma moça que me acusou de ser casado, e de usá-la como terapia para o meu casamento. Se deu certo? Como deu!!! Tanto é que minha suposta mulher pediu o divórcio, ficou com o filho, fez as malas e nunca mais voltou a pisar aqui em casa. No outro dia ainda lhe liguei pedindo para voltar... voltar ao local onde ela nunca devia ter saído. Já a moça, e depois de várias tentativas, quase que suplicas para ter sua atenção, sumiu do mapa. A outra, que tentei conhecer lá longe me recebeu como se eu fosse um cachorrão, fiquei tão horrorizado com a cena que ainda hoje tenho insônias. Houve uma terceira que só me procurava para lhe dar consolo suicida.
Ora... como podem constatar, este foi um ano em cheio para mim: fui casado sem sê-lo, passei por mulherengo sem tirar o proveito, e auxiliei alguém em suas taras depressivas. Tanto auxiliei que acabei eu também por viver uma curta e dolorosa depressão. Ficar depressivo é o mesmo que tomar um porre prolongado - como quem vai ao outro mundo e volta com uma grande dor de cabeça.
E não esquecendo, ainda faltam quatro dias para o fim do ano, não do mundo, pois esse que era previsto terminar no dia 21 deste mês continua bem vivo, tão vivo que ainda me possibilitará reunir as condições para um quarto encontro - agora espero eu - um encontro mais assertivo.