Relembrando a velha infância
Lembro da nossa rua de terra batido, as brincadeiras, de um velho cão, que ao bater no muro de casa ele pulava e corria atrás dos moleques da escola, no quarteirão debaixo, o Mercado Favorito dos pais do Marquinhos, colega de escola. O prédio nem existia, era apenas um enorme brejo, perto de dois colégios que estudei. A mãe do Adalberto tinha uma fábrica de picolés, era meu local preferido. Na mesma rua empoeirada, aprendi a andar de bicicleta.
Pulei várias vezes o muro dos colégios Salvador Leite e Luiz Gonzaga para participar dos recreios. Naquela época, tínhamos que ficar em fila, fazer uma oração e só depois adentrar a sala de aula.
Não me esqueço do dia que um grande amigo caiu da árvore, foi um barulho ensurdecedor, todos assustamos muito, mas foi tudo uma grande estripulia dele.
Época saudosa me remete a uma fase boa da minha vida, considero a infância como uma doce ilusão, é uma fase utópica e que quando relembramos, parece não ter sido vivida.
Adorava ir aos domingos na casa de minha avozinha, onde sempre assistia “Os trapalhões”, saudades dela.
Meu irmão cinco anos mais novo, tornando-nos ainda mais próximos, depois que mudamos para fazenda.
Aproveitei o máximo minha infância, joguei bola, pião, carrinho, bicicleta, pulei muro para pegar manga e sempre estive perto de pessoas queridas. Naquela época, podíamos brincar tranqüilos até tarde da noite. Nosso mundo era real e não virtual, nossas brincadeiras eram reais, bolinhas de gude, revistinhas em quadrinhos, povoaram a infância de muitos.
O que mais entristece nas lembranças de infância, sãos as barreiras que ao passar do tempo são impostas nas amizades, sejam elas financeiras e ou sociais. Como nem tudo é perfeito, cresci e aquele moleque brincalhão, se tornou um homem sorumbático e saudoso de sua velha infância.
Goianésia, 28 de dezembro de 2012