ANO NOVO. COMPREENSÃO.

Há um conforto espiritual quando se desarmam os espíritos.

Não há razão no mundo, plausível, aceitável ou justificável, para a discórdia, o desentendimento. Não foi esse o ensinamento do Messias por um motivo muito simples, só o amor constrói.

E o amor hoje negado, valor máximo da humanização e do crescimento interior, perde-se em questiúnculas menores, vazias, descontruindo as grandes conquistas da vida, fundadas no encontro dos homens, anistiando as terríveis perseguições antigas. Não desapareceram, mas são pontuais.

Os lados positivos devem ser identificados, só os defeitos são apontados. Somos todos seres humanos, com faculdades e limitações.

Devemos ser enérgicos com os poderosos, suaves com os humildes e verdadeiros com os passos caminhados. A mentira serve ao mentiroso e arrastará para si danos e sequelas. Assim tem sido, ainda que tardiamente.

Só amigos fazer, principalmente os mais humildes. Cercá-los de atenção. Os poderosos não necessitam desse desvelo, são bajulados sempre.

Nossa jornada deve descartar rancor e cisão. Reconhecer erros, louvável conduta, humana. O que para alguns tangencia o entendimento, para outros está distante da compreensão, e para um outro contingente é passível de serenidade compreensiva, colocando tudo onde há espaço para compatibilidade.

Na casa da harmonia, o amplo abraço do conforto espiritual repele a vaidade e expulsa a pretensão. Olhemos em volta, quanto sofrimento sem solução, e quem tem tudo, independência para ir e vir, luz dos olhos para ver a natureza, sentimento para amar como a natureza delegou, ocupado com coisas menores...

É preciso ficar silente e sereno, compreendendo possíveis agravos, ver a razão de nascerem e a fragilidade de quem ofende.

No leito do bem-querer, agravos são inexistentes, e se existentes a compreensão de quem compreende é maior.

Não sejamos rudes, primitivos. Ser firme com as convicções e cultor das liberdades é saber compreender. Vagarem pelo limbo da desarmonia nossos espíritos é cerrar portas para entrar definitivamente no céu da compreensão.

Não precisamos aparecer, precisamos compreender. Somos pessoas, aparecemos por obra de Deus, já é o bastante, vivemos e somos sagrados, pois tudo que vive é sagrado e deve ser respeitado.

Que o Ano Novo seja de COMPREENSÃO.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/12/2012
Código do texto: T4055686
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