INFERNO...

Vou Natal para casa de meu filho na serra. Vamos todos, toda a família, somos treze, número da sorte.

Vez ou outra meu filho intima irmos para lá passar Natal, e não abre mão. Foi sorte, fomos para o céu, sem o que ficaríamos Natal presos em ar refrigerado. Outra sorte, tenho em toda minha casa, não há como viver de outra forma no Rio no verão.

Vinte graus em sua casa, quando saio de um calor de 31 graus pela manhã no Rio, dentro de casa. Friburgo, Muri, um paraíso, sua casa em uma APA, área de preservação ambiental, maravilhosa.

Pela noite, não acredito, me cubro levemente. Meu filho faz brincadeira e diz : “é o ar refrigerado céu-tral”. Ele sentindo calor, imagina. Não consegue sair da serra, quando chega cá pelo inferno, descendo a serra, irritado, em pouco tempo se vai.

Mas o pior, venho embora dia vinte e cinco pela tarde. Passo em Cachoeiras onde trabalhei muitos anos atrás, o termômetro de meu carro marca 40 graus no exterior, sei que Cachoeiras de Macacu é muito quente, conheço faz tempo.

Itaboraí, olho o termômetro e vejo 42, não acredito, mas em Alcântara o inferno se mostra, 44,5 graus. Fico surpreso, nunca vi isso.

Em casa desço do carro em 18 graus interior e tomo um soco na boca do estômago. Vejo de noite que desde 1915 não faz calor igual no Rio.

É, estamos no inferno astral ou metereológico. Temos que viver dentro do ar refrigerado.....ou morre-se, meu sangue não é tropical.

O inferno deve ser assim......

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/12/2012
Reeditado em 27/12/2012
Código do texto: T4055503
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