O SILÊNCIO DAS PALAVRAS
As palavras nos dias de hoje são ditas,jogadas no ar através da escrita muitas vezes sem nenhum critério. As pessoas de um modo geral querem falar o que não têm para dizer. São apenas tolices e mais tolices como uma saraivada de metralhadora cuspindo suas balas mortais.
Vivemos em uma época em que os meios de comunicação oportuniza todos ou quase todos expressar-se principalmente por intermédio da escrita. Talvez diante de todo esse progresso tecnológico. Como já disse é bem democrático, onde os indivíduos estão sedentos de escrever qualquer coisa estapafúrdia ,asneira sem se preocupar de que forma as mesmas vão atingir quem quer que seja.
As palavras são belas,maravilhosas, transformadoras,elegantes,consoladoras quando bem dosadas ,repensadas,ditas com amor, com carinho. Elas podem podem mesmo sendo criticas serem frutíferas.
As palavras ferem, e como ferem. Como nos traumatizam ,pior que uma surra, elas nos marcam por todas nossas vidas.
Não entendo este texto como uma abertura para a censura, mas tão somente apenas como uma reflexão sobre a moderação de cada palavra.
As palavras quando bem ditas são encantadoras quando embasadas,articuladas.As palavras são revolucionárias quando bem trabalhadas,bem contextualizadas.
Precisamos mais do silêncio das palavras não para serem silenciadas, mas, melhoradas. Precisamos de palavras com nexo, com conteúdo. Estamos cheios de abobrinhas, de baixarias.
Em nome de Machado de Assis,Shakespeare,Kafka,Rubens Fonseca,Julie Green,Érico Veríssimo, João Ubaldo Ribeiro e tantos outros baluartes da escrita , devemos pensar e repensarmos antes de escrevermos.