Conversando com Claudia

Minutos atrás, conversando com Claudia de Paula Leal, pelo facebook, afirmei-lhe que essas datas “familiares” são terríveis pra os que vivem sozinhos. Oficialmente, sozinhos. Penso, que sozinha, uma boa parte de nós, está, mesmo acompanhada... Mas, me refiro aqui, àqueles oficialmente sós. Sem qualquer tipo de companhia de seus iguais...

O modelo tradicional desta injusta sociedade não engloba os que optaram por viver desacompanhados, forçados, ou não. Não quero aqui, levantar bandeira, mas, a verdade é que esta espécie, em franca expansão, é tratada como se não existisse... É solenemente ignorada, em todas as instâncias, por todas as mídias. As populares então, nem se fale! Nas elitizadas, é possível encontrar uma ou outra referência.

Disse a ela também, que como é uma situação que se repete várias vezes ao ano, infelizmente, nem sempre é possível estar com a resiliência em dia, para suportar o massacre dessas datas. Fragilizado, qualquer um se torna presa fácil das armadilhas emocionais, dos becos sem saídas, que estas “comemorações” provocam.

Mesmo sabendo ser tudo comércio, tudo golpe baixo e sujo, chantagem emocional deslavada pra cima do pobre e desavisado consumidor... Ainda assim, incomoda muito! Muito mesmo!

É complicado ousar sustentar as próprias opiniões. Não se deixar contaminar pelo estabelecido, sabidamente apodrecido, com data de validade vencida há mais de dois mil anos atrás. Não é negociável, nem retornável. Entretanto, na maior parte do tempo: é bom demais!!!!

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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 25/12/2012
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