Humanos
Deixar a vida me levar. Seria fácil se nós Homo sapiens perdêssemos essa falsa sapiência e voltássemos a ser só mais uma espécie sujeita a competição, predação, fuga, reprodução e a morte como todas as outras espécies viventes ou que já existiram na natureza.
Ser humano às vezes é chato, bom mesmo é ser apenas qualquer outra espécie, sem obrigações, perspectivas apenas cumprir seu papel funcional em seu habitat. Mas, peraí, isso já fazemos! Nosso castigo é viver em uma cidade, nosso habitat, nosso papel funcional: trabalhar, produzir e pagar o preço de sermos erroneamente intitulados como humanos: espécies sociais a única dentre todas as espécies dotados de consciência e cultura.
Será esse fardo de consciência, sociedade e cultura que nos tornam seres que planejam, sonham, depositam fé em coisas vãs e se frustram. Ou será que nossos sucessos, fracassos e desilusões e penares se devem a apenas o Homo sapiens ser amaldiçoado com o fardo da ambição?
Afinal nada nos satisfaz: poder, dinheiro, sexo, festas, lugares. Somos apenas “Sangue-sugas” que trocamos o hematofagismo por dietas supérfluas que alimentam nosso ego, cada vez mais faminto.