O homem, seu filho, a cadela e Deus.

O homem morreu e foi se encontrar com Deus. Estava indignado porque entendia que aconteceu antes da hora e queria ficar um tempo a mais ao lado do filho, que amava demais. Deus foi inflexível. Disse que o critério de hora de cada um partir não era dele, estava acima da sua competência. O homem não aceitou a argumentação divina. Insistiu que não era a sua hora e precisava ficar um tempo mais próximo do filho. Deus abriu uma exceção e foi consultar suas instâncias superioras. Voltou e trouxe uma alternativa. O homem não poderia voltar como homem, mas poderia voltar como animal. Ele teria consciência da sua vida anterior, mas o filho e as demais pessoas não saberiam disso. O homem aceitou. E voltou pra Terra na pele de uma cadelinha, adotada pela família do filho justamente na mesma época em que o homem estaria pronto pra reencarnar. O filho adorava a cadelinha e ela era literalmente apaixonada por ele. Assim o homem e seu filho puderam prosseguir juntos o seu caminho até o fim.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 24/12/2012
Reeditado em 18/11/2017
Código do texto: T4051782
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