Frei ir
Normal e ainda assim diferente, quem o visse na balada jamais diria que era algo além de um"playboy" mas eu ja o conhecia. O álcool em meu corpo e as luzes da boate não me impediram de encherga-lo logo que pus os pés la dentro, cheguei ja no fim da festa.
Encostado na parede, com as mãos no bolso o olhar perdido talvez bêbado também, era mediano, o rosto quadrado e a barba por fazer eram iluminados pelo sorriso, e que sorriso.
Cheguei perto mas alguem sem antecipou, era tão linda quanto e formariam um belo casal, mas o papo durou pouco e cheia de coragem etílica toquei o seu braço e falei do que ele gostava, quis que me aproximasse, talvez não acreditando que ao som de Getta alguém lhe falasse em Adoniram.
Dei um passo a frente e pude sentir seu cheiro e que cheiro, seu perfume me deixou mais tonta que a Heineken que eu bebia, confesso não lembrar o que ele dizia, apenas afirmava e boba alternava olhares:seus lábios,seus olhos, seus lábios, seus olhos.
Acordei quando uma luz forte encontrou nossos corpos, o segurança havia aberto a porta para que pudéssemos pagar a conta e sair do estabelecimento. Despedi-me e segui caminho, ele provavelmente não vai lembrar, e de que esse texto existe, nunca vai saber, mas escrevo para não esquecer de como estava lindo o jovem Freire.