Era vontade mesmo
-Amor?
-Huuuuummmm
- Vamos fazer amor?
Antes que o ato se desenrolasse eu quase que já perdi a vontade, que mentira aquilo era fazer amor, o correto seria- Vamos fazer um favor?
Ainda assim ela respondeu:
-Não, eu estou com dor de cabeça
-Mas amor, eu não estou nem pensando em lhe tocar na cabeça
-Mas dói
Eu não sei se deveria ter ficado preocupado com aquela dor, se não fosse mentira dela, poderia ser uma doença grave, que a acometia há 6 anos, sem que eu lhe desse qualquer atenção.
-Amor, eu já vi cometas se repetirem com espaços de tempo bem menores que os intervalos entre minhas “vontades”, vamos fazer amor?
-Você é um insensível, qualquer outro homem teria ido fazer um chocolate quente para aplacar minha dor.
-Por favor amor, só uma reladinha, quem sabe se com uma conchinha eu não mato minha vontade
-Nãaaaaaoooooo
Aquilo me convenceu, em primeiro lugar que ela não queria mesmo, em segundo lugar que ela não estava com dor de cabeça, caso contrário não gritaria usando tantos decibéis
Sabendo que toda a vizinhança estava sabendo, por ter ouvido o grito, que ela não aceitou fazer amor comigo fui para o trabalho, na manhã seguinte caminhando.
Deixei três quadras para trás e então, para cada mulher com quem eu cruzava:
-Por favor, quer fazer amor comigo?