Natal. Noite de esperança, de felicidade, perdida ano após ano.
Perdem-se na voragem do tempo,as súplicas que desde os casebres mais humildes,aos mais sumptuosos palácios se fazem neste Santo dia.Nesta Santa Noite melhor dizendo.
Dia após dia, ano após ano,a mesma súplica o mesmo pedido,o mesmo desengano.
A mesma ilusão! A desventura daqueles que sofrem esperando um dia melhor,um dia em que as nuvens negras do desespero por um momento deixem passar uma réstea de sol,a fugaz alegria de um momento de felicidade.
Mas o que é afinal a Felicidade?
A felicidade está plasmada naquele olhar,naquele momento de ternura,naquela sentida alegria,ao ver aquela mesa velha que niguém sabe a idade, desconjuntada, onde não falta o pão, pão escuro amassado com o suor do rosto. Nesta noite, neste dia, no calor da lareira,no bruxuleante clarão das amenas labaredas, progectando sombras de páz, essa família é feliz.
Tem paz, está em paz; coisa bem rara nos tempos que correm!
Ou a felicidade será a outra? Aquela do luxo, da abundância, do desperdicio, da arrogância até?
Aquela mesa, onde nada falta, falta tudo. Falta a verdadeira felicidade, falta o calor humano. A mesa está cheia de tudo mas continua vazia. Não tem alma!
Aquela reunião de sociedade...cheia de luxo, de elegancia, ré...vestida de caríssimas coisas, com o suposto fim de angariar fundos para os mais desfavorecidos, mais não é que um frivolo desfilar de vaidade. Nada tem de bondade!
Neste Natal, uma vêz mais se deseja um feliz Natal, e pedir que se pense nas sábias palavras desse grande PADRE ANTÓNIO VIEIRA.
Somos apenas pó. Pó levantado, pó caído. Apenas pó!