MISSÃO.

Todos temos uma missão na vida, isto é passível de integral certeza. E esta missão nos chega surpreendentemente por diversos caminhos. E se mostra de forma inquestionável na jornada.

Ainda rapaz, adolescente, já um leitor de obras de cunho social e filosófico, pegava um dos incontáveis livros de meu pai da ciência do direito, mais objetivamente leis, e diante da “complicação” que se apresentava, pensava, “nunca vou entender disso”.

Com o passar dos tempos, pouco mais tarde, levado pelo tempo, sem nenhum objetivo nesse sentido, estava cursando direito na Universidade Federal Fluminense, onde fiz vestibular. Era o fruto seguindo a raiz.

Cedo me formei e advogava em entidade pública onde, parece, tive um certo destaque, dizem. Logo em seguida era o mais novo magistrado do Estado. Meu pai já não mais vivia. Passei um grande período da minha vida na magistratura, mas resolvi precocemente sair. Fui saciar minhas curiosidades, com mais liberdade, e continuei na atividade como consultor da ciência que rege todas as outras, o Direito.

Por este motivo passei minha vida toda escrevendo e lendo, por gosto e prazer, diríamos, um seguimento de meu pai.

Mas a missão era outra. Por caminhos sofridos e tortuosos, Alguém, estou certo disso, queria que eu apregoasse seus ensinamentos. Era a missão principal, não só dirimir, harmonizar e encaminhar soluções para conflitos de interesses, como faço até hoje. Escrevi depois de tantas elaborações profissionais publicadas um “pequeno” livro, "A INTELIGÊNCIA DE CRISTO", onde falo da figura histórica de JESUS, seus propósitos, sua singularidade, seu marco exponencial no calendário humano. ERA MISSÃO.

Faz poucos dias entrei em uma das livrarias onde o livro é vendido, sempre cobrado por seu gerente para acerto de contas, e estava próximo a ele uma moça folheando um livro de recursos. Se dirigiu o gerente a mim: “Dr. o senhor indicaria qual autor sobre recurso extraordinário?” Era uma mulher de quarenta anos que procurava a obra. Perguntei: a senhora está estudando? Disse: não eu estou na magistratura. Travamos então alegre conversa. Pedi ao gerente que trouxesse meu livro e dei a ela dizendo a razão da sua feitura. Ela disse:ISSO É MISSÃO. Os cabelos de meus braços se arrepiaram. Ela tinha uma energia forte.Por que o senhor saiu tão cedo da magistratura, perguntou. Respondi: porque Deus é meu amigo. Todos se calaram...o gerente esboçou um sorriso de consenso.

Tinha razão a juíza. Cada um tem sua missão, a minha foi nascer para escrever esse pequeno livro. Tenho prova diária nesse sentido.

E seleciono outro na mesma linha.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 21/12/2012
Reeditado em 10/01/2013
Código do texto: T4046603
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