Mole

De tudo, de tudo, de tudo... O melhor deste ano foi a convivência com os miquinhos e, mais ainda, com os passarinhos. É muito difícil pra mim, explicar nossa relação. Sim, é uma relação! E das boas! Das construtivas! Do tipo: sem contraindicações. Só glórias e louvores! Como, aliás, creio eu, deveriam ser todas as relações.

Queridos amigos: que gente mais deliciosa, que são eles!!! Sério!!! Minha única ressalva é que eles brigam muito. Como nós, à toa... Penso, eu! Fazem uma cara feia, arreganham-se e gritam muito! Como nós! Fora isso, bom demais ter o privilégio desta alada e linda companhia.

A beleza deles, todos, é um caso à parte... Os caras arrasam! Um mais lindo que o outro! Um mais gracioso que o outro... E os cantos? Misericórdia! Valei-me Minha Nossa Senhora das Lindas Melodias!!! É poesia sonora! Bom demais! E, como faz bem?! Como mexe com a gente... Olhem, posso lhes afirmar que percebo, nitidamente, em mim, as diferenças de antes e depois desta benção, em forma de convivência!

Está certo que eles fazem parte do pacote “floresta”, que me alterou completamente, a cadência. Mas, os passarinhos são um dos itens mais importantes deste pacote. Acostumei-me com esta encantada presença. Quando volto pra casa, automaticamente, meus olhos se dirigem à tela, para ver se estão lá, se estão comendo...

Não me arrependo de um centavo que tenha gasto com eles. Ao contrário, foram e são, o melhor investimento para meu coração. Fico deitado na rede, quietinho, enquanto, paralelamente, bem próximos, eles saboreiam as bananas na tela. Faço isso sempre que posso. Nunca me canso. Eles nunca se repetem. É sempre um espetáculo novo. Sempre bonito. Enlevo puro, transbordando lirismo.

Como digo aos meus amigos: assim, aqui, é mole ser poeta!

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