FALSIDADE. IMPORTÂNCIA. DESIMPORTÂNCIA.
A importância, que não pede louros de vitórias ou gloríolas, está naqueles que influenciaram a inteligência da criação superveniente. São muitos, heróis, mártires, e pensadores, marcados na posteridade.
Seria difícil enumerar, listar, já que enorme o universo.
Lendo o livro “VIRADA”, excelente, ganhador do premio “pulitzer”, ofertado por minha mulher, vejo o que já conhecia, porém otimamente elaborado. Visão dimensionada e detalhista do surgimento da grafia itálica.
Lucrécio, filósofo e poeta de dois mil e muitos anos atrás, influenciou de forma gigante a história da humanidade. O período renascentista esteve baseado em sua filosofia. Está no copismo dos monges medievais que salvaram a cultura greco-romana do vandalismo.
Somente para citar um de seus seguidores, apontamos o ensaísta Montaigne, que rastreou Lucrécio. Foi um copista? Não, seguiu seus ensinamentos.
Há um vértice comum de seguimento desses honoráveis pensadores, que ficam para a posteridade, se perpetuam. Como se diz modernamente em direito autoral, caem no domínio público. Esta a importância das atividades.
O lado desimportante é aquele que se vale da criação para usurpá-la. Diferente do salvacionismo da cultura que foi meta dos monges, escondendo em seus claustros a erudição dos filósofos antigos.
A isso se dá o nome de contrafação, usurpação para negociar, copiando, obras de terceiros, clientes dos tribunais os copistas. Copiar a criação de terceiros para dela obter vantagem, é crime contra direito imaterial.
Isso hoje é plural e os criadores, artistas de todos os gêneros, buscam coibir essa fraude. Sem sucesso. Não conseguem. Não há suficiente inibição para essas práticas delitivas onde campeia a corrupção dos órgãos fiscalizadores.
Importância e desimportância têm nesse caso uma mesma fonte. A criação permanece exitosa e por isto copiada em uma de suas modalidades. Mas a agressão ao patrimônio alheio não diminui essa importância, apenas torna desimportante a qualidade das cópias que se prestam à difusão com baixa qualidade do meio, como desimportantes são os fraudadores.
A importância da obra, divulgada em impressos, baixadas virtualmente, grosseiramente copiadas, etc, permanece.
Fique cada um com seu qualitativo de divulgação, pela legitimidade ou pela fraude. Nada há a fazer, somente rejeitar participar da fraude, quem dela participa entra na cadeia causal, também concorre para o cometimento de crime. Está na lei.