O IDEAL E O REAL.
Duas variantes indissoluvelmente ligadas; ideal e real. Um passeio na ponte da vida do homem, que liga um lado ao outro.
O ideal reside na projeção da realidade que se quer, nada mais é do que mudança.
Muda-se de ano, redirecionam-se projetos das mais variadas espécies. Tudo se modifica, nada há de conquista definitiva em termos de saber e conhecer. Por isso a modificação é constante e acontece a oposição entre o ideal e o real. A relatividade preside a mudança.
A corrida na busca do ideal esbarra multiplicadas vezes no real que não projeta. Não deve se inibir por esse motivo.
A relativização pontua esse embate promissor, ideal buscando o real. Se vai realizar-se figura desimportante. A tentativa da ideia se estabelecer fez e faz a mecânica do mundo.
Platão teria, primeiramente, assentada a oposição entre o ideal e o real.
É uma abordagem filosófica mais recente. Mesmo no romanceado antigo testamento, pleno de sabedoria, essa oposição estava presente.
Encontramos um ideal de Caim, de se igualar a Abel, matando-o por inveja. Seria o real, morte, manifestado pelo seu ideal de merecer reconhecimento maior. Na oposição da realidade à ideia, esqueceu-se existir a onisciência de Deus.
Resta a certeza de que nada é definitivo, as conquistas são alcançadas ou não, e a humanidade caminhará sempre diante dessa oposição, ideal e realidade.
Basta que o ideal seja bom para a realidade ser como o átomo, única matéria imortal, destinada à mudança, sem prejuízo do pensamento, o imaterial que nunca morre.