Do Alvo
Nos somos mesmo alvos ambulantes!...Percebamos ou não, diariamente estamos recebendo flechas atiradas por outras pessoas.Sejam flechas mais perigosas (como a inveja, a ira e o ressentimento), ou outras aparentemente inofensivas (como a admiração, por exemplo) mas que também nos causam relativos danos.E tudo isso pode ser intensificado a partir do momento que investimos nesse chamariz...Ou seja, por exemplo, aquela saia mais curta para mostrar aquelas pernas mais atraentes...ou aquela camiseta mais cavada para evidenciar aqueles músculos mais definidos...Mas então vem aquela célebre pergunta-afirmativa : "O que é bonito não é para ser mostrado ?"...Será mesmo?...Será que aquilo que é (de fato) bonito, a partir do momento em que é mostrado de forma exagerada (ou apelativa), não corre o risco ( devido a essa exposição) de se tornar vulgar; uma vez que perde o halo de mistério que a beleza discreta naturalmente possui ?...Será que necessitamos realmente suprir nossa auto-estima ( que é algo de valor interno) com esse alimento externo, que está mais ligado a uma dieta da vaidade do que à dieta do amor-próprio ?...Ou talvez, não seja necessário tantas indagações...Talvez uma simples pergunta consiga definir nosso posicionamento diante dessa questão : " Afinal, a vaidade é algo bom ou ruim ?" Enquanto isso, o alvo continua exposto...E as flechas continuam sendo atiradas.