Filhos da barriga, filhos do coração.
Os dois vêm do mistério, saem dos confins dos confins pra se almarem - encherem-se de alma. Criaturas que transformam o nada em tudo. Aportam nas nossas veias feito amarras de Deus, daquelas que nem Deus conseguirá soltar, mesmo se quiser. Virão encantados pelo condão dos céus, espirrando sopros de vida por todos seus poros, por todos os nossos poros. Virão pra nos trazer luz, trazer abrigo, trazer calor. Virão para traduzir as lacunas dos nossos passos, atrelando asas aos nossos sonhos. Virão pra nos fazer nascer repetidas vezes, num fôlego que nunca se farta, nunca se cansa, nunca se silencia. Virão pra apontar rumos que nunca vemos e, assim, serão nossas fronha, nossa farda, nosso guizo. Virão pra ficar. De onde vieram, não importa. Virão pra ficar. Pra sempre.
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