Nostradamus - a vida continua

É muito comum começar-se o ano criando maravilhosas perspectivas para a vida. Em parte isso é muito bom, mas a maioria das pessoas acaba não seguindo aquilo a que se propôs. Isto é normal no ser humano. 2013 será o ano da serpente segundo o horóscopo chinês; não sei o que ele representa na astrologia, mas, para dizer a verdade, não estou muito preocupado com isto. Pessoalmente, acho que se ficarmos encasquetando na cabeça que ‘esse ano vai ser bom por causa disso ou vai ser ruim por causa daquilo outro’ isso não funciona. Através de experiências próprias cheguei à conclusão de que somos nós que temos que mudar as coisas que não estão dando certo em nossa vida.

Há, no entanto, aquilo a que chamam de consciente coletivo. Isto é mais importante do que se pensa e sua influência vai além da nossa concepção. Para termos uma ideia mais precisa Nostradamus, o mais prestigiado profeta de todos os tempos, baseou a maioria de suas previsões penetrando no consciente coletivo da humanidade. Ele era, na verdade, um poderoso astrólogo além de um cientista de grande credibilidade em sua época. Antes de Newton, a ciência do século XVI era em si um estudo de astrologia. Nostradamus era, portanto, um astrólogo e um cientista. Misturava cálculos matemáticos, alquimia, cabala e magia ao realizar as suas profecias.

Previu, entre outras coisas, com extremo acerto e detalhadamente, a morte de Henrique II, a existência de Hitler, com detalhes sobre sua vida séculos antes do seu nascimento, assim como a vida detalhada de Napoleão, as duas grandes guerras, a fundação dos Estados Unidos da América 200 anos antes de isto acontecer, o assassinato de Kennedy e a ocorrência de uma grande catástrofe. É por isso que o mundo anda ansioso com o futuro.

Podemos chegar a uma conclusão, o que não é nada sobrenatural, posto que possuímos, todos, uma mente inteligente com o poder de análise e de raciocínio, de que Nostradamus utilizava a própria mente da humanidade para fazer suas previsões. Não é de negar que possuía grandes poderes, os quais não se manifestam em pessoas comuns. Todavia, os acontecimentos, principalmente os catastróficos, estão ligados à deflagração de um estopim, estopim este aceso quando chega ao auge o acúmulo de pensamentos voltados para uma mesma espécie de evento.

Explicando melhor, todo pensamento negativo tende a se acumular e deixar nuvens que são ajuntadas a outras nuvens de categoria semelhante. É certo que os semelhantes se atraem. Quando chegam a um ponto insustentável essas nuvens se desfazem em forma de calamidades. É assim com a maioria dos desastres naturais, sejam eles incêndios, inundações, tsunamis ou terremotos.

O medo já rondava a Europa naquela época por causa da peste negra e, de cada três europeus, um morria da doença. O próprio Nostradamus perdeu mulher e filha nesta tragédia e isto contribuiu para que se dedicasse afincadamente aos estudos dos livros proféticos, aprofundando seus poderes esotéricos e ocultistas. A rainha Catarina de Médicis, esposa de Henrique II foi quem livrou, mais de uma vez, Nostradamus de ir para a fogueira, pois sua prática ocultista era considerada herética e demoníaca pela Santa Inquisição Católica.

Diante de todo aquele cenário, e dotado de inteligência fora do comum, Nostradamus, sempre à frente do seu tempo, teve ‘facilitado’ o seu estudo do místico e do desconhecido. Soube que é o próprio homem quem atrai o seu destino de acordo com a forma de conduzir sua mente. O medo, a sensação de insegurança, a falta de fé em Deus, nosso protetor maior e infalível, faz do homem um mero fantoche nas mãos das circunstâncias. E não são as circunstâncias mais do que o resultado das nossas crenças e convicções.

Portanto, no primeiro dia do ano, nada melhor do que posicionarmos nossa mente de forma correta a fim atrair não mais do que coisas boas para nós e para toda a humanidade. As mentes se atraem; pensamentos de harmonia resultam em outros pensamentos de harmonia e assim não deixamos brecha para que o mal penetre em nossa mente. Por trás de todas as ações estão as intenções que as motivam. Quando essas intenções são no sentido de fazer o bem ao maior número de pessoas, nossas preces são ouvidas e a harmonia se instala.

Calamidades naturais não são mais do que a consequência de pensamentos e palavras indignas do homem filho de Deus. As palavras possuem força de transformar o ambiente em que se vive. Quando o homem se conscientizar de que sentimentos resultam em palavras que resultam em ações concretas, o mundo estará próximo de uma condição paradisíaca e todos os seres viverão em paz e sem nenhuma espécie de medo. Podemos avaliar por nós mesmos. Quando estamos em estado de felicidade e nossas palavras e pensamentos são puros e positivos tudo passa a dar certo e as coisas boas se sucedem; não há atropelos e a vida se assemelha a um mar de rosas.

É só colocarmos isto em escala mundial e descobriremos porque o mundo apresenta o aspecto que conhecemos. Nostradamus não fez mais do que estudar o comportamento do ser humano e basear suas pesquisas nas próprias oscilações do sentimento humano. Por que há países pacíficos, onde guerras, conflitos sociais e calamidades parecem inexistir como se não fizessem parte deste planeta ou deste plano onde vivemos? A razão está em que seus habitantes apresentam uma atitude mental e de palavras mais condizente com a paz e a harmonia; não deve ter outra explicação.

Há uma atmosfera espiritual envolvendo todas as coisas e o consciente coletivo atua não levando em conta se essa atuação é para o bem ou para o mal; é apenas o resultado dos pensamentos e das palavras multiplicado pelo número de seres que compõe aquela coletividade.

Analisando por esse ângulo não fica difícil compreender as calamidades naturais que atacam impiedosamente algumas regiões, enquanto que em outras isto nunca ou raramente acontece. Querer avaliar pelo lado lógico ou unicamente científico, considerando apenas as condições geográficas ou climáticas é querer ver o problema do lado material; isto é querer negligenciar as substâncias de que é feito o homem: espírito e matéria.
Professor Edgard Santos
Enviado por Professor Edgard Santos em 16/12/2012
Reeditado em 16/12/2012
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