MAIS UMA BESTEIRA MODERNA - VELINHAS DE ANIVERSÁRIO
Já escrevi alguns textos comentando sobre minha irritação com tanto patrulhamento que acontece nos dias de hoje. Tudo o que há pouco tempo atrás era bom, saudável, agradável, divertido, hoje se transformou em vilão, muitas vezes em pecado mortal. E, a cada dia que passa, mais “experts” aparecem no mercado, principalmente no campo da alimentação. Infames experts que não se dão conta de tanta babaquice que destilam por suas bocas fumegantes de sabedoria contestável
Agora a bola da vez são as tradicionais velinhas de aniversário, aquelas que são colocadas acesas sobre o bolo, para o aniversariante assoprar logo após o indefectível “parabéns a você”.
Li uma matéria cujo título era “Apagar velinhas não é tão legal à saúde”. Peço licença para reproduzi-lo aqui: “Em festa de criança, não tem momento mais aguardado que o do Parabéns Pra Você: a garotada reunida em volta da mesa, para apagar a velinhas e cortar o bolo. Mas nem tudo é uma maravilha: a partir daí, uma chuva de saliva sobre o doce pode acabar com a alegria de convidados ou do próprio aniversariante. O alerta é do biomédico Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria. ‘A saliva tem uma bactéria oportunista, Staphylococcus aureus, que fica só esperando baixar a resistência. Quando a criança assopra a velinha, ela joga essa bactéria sobre o bolo, que, após cerca de duas horas em temperatura ambiente, começa a produzir toxinas que causam vômito e mal-estar. Se for aquela vela que acende, apaga, acende, apaga, é pior ainda’. Outro toque: quem deixa para comer o bolo mais tarde ou no dia seguinte corre mais riscos. Para prevenir problemas, o Dr. Bactéria dá uma sugestão: servir um do tipo gelado, em que os pedaços vêm embrulhados e não correm risco de contaminação. Para apagar as velinhas, coloque-as sobre um bolo cenográfico. Para quem não abre mão do tradicional, nada de deixá-lo enfeitando a mesa por mais de duas horas. “O ideal mesmo é que fique na geladeira e só tirá-lo para os parabéns”. (sic)
Quanta besteira não é mesmo? E como o tal de Bactéria sugere que o bolo venha embrulhado, penso que todos aqueles que se beijem na boca ou apenas se falem de perto, devam também usar camisinha ou outra proteção apropriada para evitar contaminações. E não esqueça de encomendar um bolo de mentirinha (o tal cenográfico) apenas para colocar as velas. Esse Bactéria deve encontrar suas primas bactérias até no reino dos céus. Doutor: deixe-nos viver em paz e não desrespeite as tradições seculares.
Meu avô materno viajou para o outro plano com 92 anos de idade, depois de “sobreviver” tantos anos comendo o tempero de minha avó que era à base de banha de porco. Ele assoprou 92 velinhas e ninguém se contaminou, muito menos ele.
Termino com uma frase das mais batidas e depois com uma pergunta:
A frase: A gente era feliz e não sabia.
A pergunta: Como as gerações passadas conseguiram sobreviver a tudo que hoje faz mal, em muitos casos vivendo até mais tempo do que os bonecos de hoje?
Agora a bola da vez são as tradicionais velinhas de aniversário, aquelas que são colocadas acesas sobre o bolo, para o aniversariante assoprar logo após o indefectível “parabéns a você”.
Li uma matéria cujo título era “Apagar velinhas não é tão legal à saúde”. Peço licença para reproduzi-lo aqui: “Em festa de criança, não tem momento mais aguardado que o do Parabéns Pra Você: a garotada reunida em volta da mesa, para apagar a velinhas e cortar o bolo. Mas nem tudo é uma maravilha: a partir daí, uma chuva de saliva sobre o doce pode acabar com a alegria de convidados ou do próprio aniversariante. O alerta é do biomédico Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria. ‘A saliva tem uma bactéria oportunista, Staphylococcus aureus, que fica só esperando baixar a resistência. Quando a criança assopra a velinha, ela joga essa bactéria sobre o bolo, que, após cerca de duas horas em temperatura ambiente, começa a produzir toxinas que causam vômito e mal-estar. Se for aquela vela que acende, apaga, acende, apaga, é pior ainda’. Outro toque: quem deixa para comer o bolo mais tarde ou no dia seguinte corre mais riscos. Para prevenir problemas, o Dr. Bactéria dá uma sugestão: servir um do tipo gelado, em que os pedaços vêm embrulhados e não correm risco de contaminação. Para apagar as velinhas, coloque-as sobre um bolo cenográfico. Para quem não abre mão do tradicional, nada de deixá-lo enfeitando a mesa por mais de duas horas. “O ideal mesmo é que fique na geladeira e só tirá-lo para os parabéns”. (sic)
Quanta besteira não é mesmo? E como o tal de Bactéria sugere que o bolo venha embrulhado, penso que todos aqueles que se beijem na boca ou apenas se falem de perto, devam também usar camisinha ou outra proteção apropriada para evitar contaminações. E não esqueça de encomendar um bolo de mentirinha (o tal cenográfico) apenas para colocar as velas. Esse Bactéria deve encontrar suas primas bactérias até no reino dos céus. Doutor: deixe-nos viver em paz e não desrespeite as tradições seculares.
Meu avô materno viajou para o outro plano com 92 anos de idade, depois de “sobreviver” tantos anos comendo o tempero de minha avó que era à base de banha de porco. Ele assoprou 92 velinhas e ninguém se contaminou, muito menos ele.
Termino com uma frase das mais batidas e depois com uma pergunta:
A frase: A gente era feliz e não sabia.
A pergunta: Como as gerações passadas conseguiram sobreviver a tudo que hoje faz mal, em muitos casos vivendo até mais tempo do que os bonecos de hoje?
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