De certa maneira estranho.
Hoje acordei de certa maneira estranho, não estava de mau humor nem tão menos alegre, mas não me sentia vazio, uma nostalgia apertava o meu peito, sentia um cheiro de mar que remetia minha mente aos longínquos lugares onde teimava em não aparecer. Talvez por pura vaidade ou quem sabe pelo natural extinto de autopreservação.
Neste lugar, todos os dias eram cobertos por um grande mar dourado, que o sol nós dava de presente, você sempre se encontrava presente me presenteando com o mais belo sorriso, uma das provas que Deus existe.
Nosso lugar era tão belo e especial, que de todas as maneiras era melhor do que qualquer lugar onde possamos estar sozinhos, pois no intimo não e o lugar que se faz belo e sim a companhia que faz a beleza do lugar, pois toda a paisagem e concreta, e a beleza é um conceito abstrato; abstrato como minha mente, que vive pensando em você.
Bons tempos esses onde a paisagem mais simples era a coisa mais bela, pois lá você estava e agora sem você os dias são mais cinzas e tristes, não que a beleza não exista, de certa maneia estranha eu sei que ela ainda esta lá, porem de uma maneira bem mais singular; as coisas belas são mais frias e impessoais, talvez esteja me alienando do mundo para começar a viver como ermitão, dentro da minha mente, em um lugar trancado e longe de você. Pois assim vou conseguir viver se não feliz, ao menos tranqüilo.
Talvez a nostalgia esteja imperando na minha alma por alguns instantes, essa constante inconstância dos meus pensamentos me remete a lembrar que o futuro não chegará amanha, pois amanha não passa do hoje envelhecido. Isso trás a certeza que tudo é incerto, e nessa incerteza reside meu sofrimento, mas vou me recuperar, pois hoje eu estou de certa maneira estranho, mas amanha o sol virá me cuspir novos raios de luz que me obrigaram a levantar e acreditar no mundo, na fé que talvez tenha deixado para trás justamente naquele momento em que você se foi, justamente naquele momento que de certa maneira fiquei estranho.