ENCONTROS

e souza

Não faz tanto tempo assim, mas ecoa e vai ecoar para o resto de nossas vidas. Em 2006 fiz parceria em um livro, Saudade da Kim teve o privilégio de dividir páginas com tantos escritores ilustres. Hoje 2011, releio, revivo e sonho cada vírgula, verbo, interrogação, cada palavra, predicado, cada sujeito, cada emoção e todas sem ponto final. Samanta Danielly, ela inteiramente por conta do horóscopo. Penso que somos todos um pouco gêmeos, ela é simplesmente brilhante. Flávia de Lima Dutra, a verdadeira gigante do arpoador que alinhava palavras soltas, voadoras, sonhadoras palavras. Daniele Rios, rendas, as nossas vidas são tecidas por rendas, tantas rendas, tantos versos, pregas e rendas, as rendas que a escritora alinhavou, cordas, linhas, cordões de rendas, e o dom de nossas doces rendas. Fernanda Pereira Inácio, tantas são as paulistas e na Paulista, hipies, vitrines, mendigos, tantas Américas Latinas, cidades, deselegantes meninas, Ritas, Angélicas, e tantas outras. Belíssimas palavras, páginas, amores, sonhos delineados em que o real e o irreal tocam-se. Leonilton Souza Reis, a lua negra, a nudez, árvores, os lobos, uma madrugada, lua cheia, o toque, o sangue, a maldição, o verdadeiro amor, o uivo e a verdade. Meu verbo é tão pequeno diante da lua. Thiago Cardoso de Oliveira, a laranja, a fruta, os cinco anos, o repartir, o azedume e o sal. O doce que certamente prevaleceu nas palavras daquele que ontem havia de ter cinco anos, o agridoce alimenta alguns fantasmas, mas o açúcar do coração e da mente sempre vão adocicar belas e lindas poesias, histórias e sonhos. Como foi bom, como é bom dividir, somar e multiplicar sonhos em um espaço tão precioso, o livro, para tantas gerações e que todos nossos sonhos, a cada segundo se renove, cresça no solo da literatura e que a folha aceite a pena sem dar pena do coração que sangra novos verbos, vírgulas, dúvidas, certezas, incertezas, novos predicados e que jamais tenham um ponto final.

edsontomazdesouza@gmail.com