FIM DO MUNDO É UM LERO.
Por Carlos Sena
Meu mundo quantas vezes já se acabou? Entre mundos acabados e caídos, eis-me aqui. Inteiro, meio colado, mas inteiro. Minhas fissuras são recordações de vida – carimbos da confissão subliminar que vivi com tudo de direito e que também não. Triste de quem em vida não se vê acabando com o mundo que desmorona quando a gente perde quem ama; quando a gente é tratada como traste por chefes ou por amigos ou por familiares; quando a gente quebra a cara e tem que recomeçar diante de um mundo cheio de cordeiros, mas cercados de lobos por todas as partes; quando a gente, diante de uma “virgula” desmorona, cai em efeito “dominó” diante de nós mesmos; quando a gente constrói sonhos sobre o sim e a vida nos retira deles abruptamente e nos diz “não”; quando morre alguém que leva consigo parte de nós – um filho, um pai, uma mãe, ou aquele que a gente elegeu como se fosse tudo isso junto. Esse mundinho lá de fora não me aterroriza de acabar. A gente anda pelas ruas e vê tanta gente “morta” caminhando em busca de sonhos que os outros construíram pra elas; gente que pra mim e pra muitos a gente olha pra elas na rua, mas não vê – elas simplesmente não existem porque o mundo delas já se acabou há tempos. Por isso é que digo que o mundo que se exploda. Eu também já vi meu mundo se acabar por puro prazer, pela entrega ao ser amado que nos leva aos céus, mais parecendo que o mundo se acaba e vira sonho junto do outro... Ademias é folclore. Conversa fiada de quem não tem o que fazer.
Por Carlos Sena
Meu mundo quantas vezes já se acabou? Entre mundos acabados e caídos, eis-me aqui. Inteiro, meio colado, mas inteiro. Minhas fissuras são recordações de vida – carimbos da confissão subliminar que vivi com tudo de direito e que também não. Triste de quem em vida não se vê acabando com o mundo que desmorona quando a gente perde quem ama; quando a gente é tratada como traste por chefes ou por amigos ou por familiares; quando a gente quebra a cara e tem que recomeçar diante de um mundo cheio de cordeiros, mas cercados de lobos por todas as partes; quando a gente, diante de uma “virgula” desmorona, cai em efeito “dominó” diante de nós mesmos; quando a gente constrói sonhos sobre o sim e a vida nos retira deles abruptamente e nos diz “não”; quando morre alguém que leva consigo parte de nós – um filho, um pai, uma mãe, ou aquele que a gente elegeu como se fosse tudo isso junto. Esse mundinho lá de fora não me aterroriza de acabar. A gente anda pelas ruas e vê tanta gente “morta” caminhando em busca de sonhos que os outros construíram pra elas; gente que pra mim e pra muitos a gente olha pra elas na rua, mas não vê – elas simplesmente não existem porque o mundo delas já se acabou há tempos. Por isso é que digo que o mundo que se exploda. Eu também já vi meu mundo se acabar por puro prazer, pela entrega ao ser amado que nos leva aos céus, mais parecendo que o mundo se acaba e vira sonho junto do outro... Ademias é folclore. Conversa fiada de quem não tem o que fazer.