"OTORIDADE"

“OTORIDADE”

13/12/2012

Quantas vezes observamos em um Shopping uma criança dando birra e sua mãe gritando mais do que ela, "já disse para você parar", "não vou comprar mais seu presente", "quando seu pai chegar vou contar tudo pra ele". Assim também vemos muitos "chefes" sou capaz de apostar que é maioria, alguns amigos, gerentes de banco, políticos, advogados, policiais, artista e até clientes. Não existem líderes, os poucos que ainda restam fazem esforços isolados, incapazes de salvarem a espécie da extinção. Hoje começamos a viver a adolescência da informática, e como todo adolescente, sempre cheios de surpresas. Hoje é o sistema que aprova ou desaprova, que admite ou que demite, que libera ou que restringe, que prende ou que solta, que sanciona ou que veta. Hoje criamos uma autoridade virtual. Uma autoridade que baseia suas decisões em estatísticas ou na frieza da matemática. Criamos uma autoridade que gira e que não pulsa. Sou daqueles que acreditam que querer é poder, pois é pelo querer que crio minhas necessidades e é pelas necessidades que alcanço o conhecimento. Somente pelo conhecimento teremos condições de nos desenvolvermos. Conhecimento também se faz no sentimento. O abusivo uso da máquina que automatiza nosso cérebro, reduzindo-o à zona da memória de que teclas e em qual seqüência devo digitar senhas, alfabéticas, numéricas, alfanuméricas, para ter acesso. Estamos nos escondendo à frente dos teclados. Certamente toda a humanidade irá ter acesso, “surtando” todos ao mesmo tempo.

Estamos virando fantoches, marionetes controladas pelas máquinas. Que em sua sabedoria mecânica usa de nosso orgulho de criadores e nossa natural propensão ao acomodamento pela preguiça. Precisamos das crises para nos levantar, mas as crises causam depressão e então só encolhemos sem forças para o impulso de soerguimento. Ficamos a nos lamentar pela falta de sorte, pelo abandono do ser supremo, pela culpa dos outros, sem pensar que nó próprios somos o atingido. Precisamos deixar de sermos autoritários, pois isto é arma de quem se relaciona com fracos por fracos sermos, “diga-me com quem andas e ....”.

Estamos atravessando uma crise cheia de autoritarismo "já disse para você parar", "não vou comprar mais seu presente", "quando seu pai chegar vou contar tudo pra ele". onde só acharemos soluções quando encontrarmos autoridades.

Geraldo Cerqueira