A jaqueira e o arbusto
Se aguardássemos os frutos, em um círculo, exatamente do tamanho da copa de uma árvore, projetado no chão, talvez não nos aproveitássemos uma única vez; o fruto não foge da árvore, mas nem sempre cai à sua sombra.
Havia um arbusto que negava a jaqueira, que existia a uma pequena distância dele, mas registrava como seus, todos os frutos dela que caíssem sob sua reduzida sombra.
O sabor, o aroma e o deleite proporcionados pelas jacas caídas eram os mesmos, independente de onde houvessem caído: sob a jaqueira ou sob o arbusto, afinal havia apenas uma matriz e uma produtora espúria.
A sombra da jaqueira, por vezes cobria o arbusto, mas os frutos da jaqueira se alojavam, como se em parto do ventre de uma árvore menor.
Se olhada, como olhos minuciosos, talvez fosse visto a jaqueira se perguntando: Além de frutos fui eu que gerei aquela pequena arvore, que sonhando ser mãe; adota frutos?